Presidente Kennedy: TSE muda decisão e reeleito vai assumir
Dorlei Fontão havia vencido a eleição para prefeito da cidade em 2024, mas não pôde assumir o cargo por determinação judicial
Uma decisão da Justiça acabou mudando o cenário político em Presidente Kennedy, no Sul do Espírito Santo, e garantiu o retorno de Dorlei Fontão (PSB) ao cargo de prefeito, para o qual havia sido reeleito em 2024.
Embora tenha sido o mais votado na disputa, ele não pôde assumir o comando do município devido a uma determinação da Justiça Eleitoral que havia impedido sua candidatura ainda durante campanha.
Antes de ser reeleito em 2024, Dorlei assumiu como vice-prefeito de Presidente Kennedy, em 2016, e passou a comandar o município em maio de 2019, após a Justiça afastar a então prefeita Amanda Quinta por suspeitas de corrupção.
Como a decisão ainda não era definitiva, ele, após ter assumido a prefeitura com o afastamento de Amanda, permaneceu à frente do Executivo até novembro de 2020. O socialista havia sido considerado inelegível, com a justificativa de que isso configuraria um terceiro mandato seguido.
A reviravolta ocorreu ontem, quando o ministro Nunes Marques, em decisão individual no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), derrubou o acórdão que inviabilizava a reeleição do socialista.
Com isso, chegou ao fim um impasse que já se arrastava por mais de um ano, período em que Dorlei permaneceu na disputa mesmo com o registro questionado.
Apesar de ter recebido 55,4% dos votos válidos, a chapa de Dorlei estava anulada e, por isso, não foi possível declarar eleito o segundo colocado, Aluizio Correa (União), que obteve 43,44%.
Diante dessa indefinição, a prefeitura passou a ser comandada interinamente, desde 1º de janeiro, pelo presidente da Câmara Municipal, Fábio Feliciano de Oliveira (PSB), o Júnior de Gromogol — que era aliado político de Dorlei.
Júnior permaneceu à frente do Executivo durante todo o ano de 2025. Até a decisão de ontem, a expectativa era de que a controvérsia envolvendo a candidatura de Dorlei fosse resolvida com a realização de eleições suplementares, o que significaria que os eleitores de Presidente Kennedy teriam de ir novamente às urnas.
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