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Política

"Perseguição implacável", afirma Bolsonaro sobre operação da PF

Ex-presidente e aliados foram alvos de operação na manhã desta quinta-feira


Imagem ilustrativa da imagem "Perseguição implacável", afirma Bolsonaro sobre operação da PF
Bolsonaro afirmou que sofre "perseguição implacável" |  Foto: Reprodução Youtube/TV BrasilGov

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quinta (8) que investiga uma tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder.

A PF foi à casa dele na Vila Histórica de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), e apreendeu o celular de um de seus assessores, Tercio Arnaud Thomaz. Ele estava na residência com o ex-presidente.

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Determinou também que Bolsonaro entregasse o passaporte. Como o documento não estava em Angra, os policiais deram 24 horas para que ele seja entregue.

"Saí do governo há mais de um ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável", disse Bolsonaro numa ligação de WhatsApp por vídeo à reportagem.

Além de determinar a entrega do passaporte, a PF informou ao ex-presidente que ele está proibido de se comunicar com os outros alvos da operação.

"Me esqueçam, já tem outro governando o país", seguiu o presidente.

Ele afirmou à reportagemque está ainda se inteirando das buscas e apreensões e das prisões e que não poderia dar mais declarações. "Estou tentando entender, parece que é um novo inquérito", disse.

A PF deflagrou nesta quinta a Operação Tempus Veritatis para apurar organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito. Ela teria tentado obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder mesmo depois de derrotado por Lula (PT) nas eleições.

As informações que embasaram a operação foram coletadas na delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

Os policiais cumprem 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em dez estados e no Distrito Federal (DF).

Dois ex-assessores de Bolsonaro —o coronel Marcelo Câmara e Filipe Martins— foram presos. Câmara já era investigado no caso da fraude ao cartão de vacinação do ex-presidente. Martins foi assessor especial para Assuntos Internacionais do ex-presidente.

Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.

Entre os alvos da operação estão os ex-ministros de Bolsonaro general Augusto Heleno (GSI), general Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça) e o ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira, como mostrou a Folha de S.Paulo.

Nogueira é acusado de ter comandado a investida do Exército contra as urnas eletrônicas.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também é alvo de busca e apreensão.

Na lista estão ainda o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, e o general Estevam Theophilo Gaspar. Ligado a Paulo Nogueira, ele foi o chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército no governo Bolsonaro.

Além dos mandados de prisão preventiva contra Felipe Martins e Marcelo Câmara, um outro assessor, Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército, deve ser detido e está sendo procurado.

As medidas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das milícias digitais.

Segundo a PF, as investigações apontam que o grupo investigado se "dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital".

Depois disso, o grupo teria desenvolvido atos concretos para "subsidiar a abolição do Estado democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível".

Os mandados estão sendo cumpridos nos estados de Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento dos mandados em que militares são alvos.

Uma semana após a posse do presidente Lula (PT), no dia 8 de janeiro de 2023, um grupo de apoiadores de Bolsonaro invadiu e depredou as sedes dos três Poderes, em Brasília.

Os manifestantes estavam acampados diante do quartel-general do Exército havia várias semanas. O comando das Forças Armadas, naquele momento, se negava a retirá-los do local. Foi dali que milhares eles partiram para a Esplanada dos Ministérios e vandalizaram áreas internas do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.

Lula determinou a instauração de uma intervenção federal. Centenas dos manifestantes foram presos e estão sendo investigados. O Supremo já condenou 29 réus —alguns deles, a mais de 17 anos de prisão.

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