Missão é ser o Estado mais seguro do País, diz Ricas após ser anunciado
Novo secretário de Segurança, Eugênio Ricas estabelece sua missão. Reduzir os índices de homicídios é outra prioridade
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O governador Renato Casagrande (PSB) anunciou nesta terça-feira (06) à imprensa o novo secretário de Segurança do Espírito Santo, delegado Eugênio Ricas. Ele será o responsável por substituir Alexandre Ramalho (Podemos) no cargo, já que ele foi desligado das funções no final de janeiro. O novo chefe da Segurança disse que quer fazer do Estado o mais seguro do País.
Apesar de ter sido anunciado, Ricas ainda continua exercendo o papel de superintendente da Polícia Federal (PF) no Espírito Santo, já que ele ainda não pôde se desligar oficialmente da função, pois ainda é preciso oficializar trâmites administrativos.
Durante a coletiva de imprensa, o governador Casagrande fez questão de enaltecer a escolha por Ricas, que como apontado pela coluna Plenário, vinha sendo o nome preferido do chefe do Executivo.
“Ele já está participando de reuniões. É uma alegria contar com o trabalho dele, que já é um policial reconhecido na Polícia Federal. Já trabalhou comigo no meu primeiro governo, quando foi secretário da Justiça”, disse Casagrande.
Para o governador, o objetivo da pasta de Segurança é continuar o trabalho de diminuição da criminalidade e do índices de homicídios. O Estado encerrou 2023 com o menor número de mortes dos últimos 27 anos, segundo a própria secretaria de Segurança.
“Ricas já está envolvido com nossos temas. Nossa meta é sempre reduzir a violência, como fizemos no último ano. Não temos um percentual para 2024, mas desejo que a gente tenha menos mortes do que em 2023”, explicou o governador.
Missão
Eugênio Ricas, por sua vez, agradeceu o convite de integrar a pasta feito por Casagrande e afirmou que quer colocar o Espírito Santo no posto de estado mais seguro do País.
“A missão dada pelo governador foi a de continuar reduzindo os números. Não é uma tarefa fácil e a cada ano que a gente supera, fica mais complicado. O crime é complexo e envolve vários fatores como tráfico de drogas e de armas, mas a missão é continuar fazendo esse trabalho para que a gente chegue entre os cinco estados mais seguros, depois três e finalmente no posto de local mais seguro do País”, afirmou o novo secretário de Segurança.
O que disse o novo secretário
Câmeras em fardas
“Há um processo de aquisição. Particularmente, acho que é uma excelente medida, é tecnologia que protege o policial, a sociedade e possibilita transparência nas ações. Acredito que é uma medida realmente eficiente e, justamente por esse motivo, já há processo de aquisição das câmeras corporais”.
Força-tarefa
“A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) já vem produzindo resultados. Antes mesmo do governador me fazer o convite para assumir a secretaria, havíamos feito reuniões, já neste ano, com equipe das polícias para estabelecermos metodologia e governança para incrementarmos. A tendência é obter cada vez mais resultados. Temos bons trabalhos no campo de combate ao tráfico de drogas e armas, prisão de foragidos e a expectativa é melhorar ainda mais”.
Segurança em Vitória
“Sobre a diferença do número de homicídios em Vitória (teve aumento de 20% em 2023), acredito que seja em função da predominância das organizações criminosas. Há guerra de facções e isso faz com que o número de mortes aumente. É um desafio e vamos conseguir resolver”.
Futuro da Federal no Estado
“É escolha da direção-geral da Polícia Federal, que deve optar entre um delegado daqui ou outro local”.
Confrontos
“Havendo mais disponibilidade de armas nas mãos dos criminosos, a tendência é de que haja mais confronto. Sabemos que eles estão cada vez mais ousados. A polícia faz o trabalho protegendo o cidadão, mas chega e é recebida por bala, não tem alternativa senão revidar. Felizmente são profissionais preparados, então é mais provável que o PM acerte o criminoso, e não o contrário. Gostaria de viver em um país como a Nova Zelândia, onde a polícia não anda armada, mas enquanto a gente não alcança esse nível de civilidade, é importante que os policiais estejam treinados e armados”.
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