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Política

Mais agricultores na disputa nas Eleições 2020


Dados do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) relativo ao pleito municipal de novembro demonstram que dos mais de 12 mil candidatos a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores no Estado, a profissão de agricultor é a que mais tem representantes para a disputa.

No Estado, 1.025 agricultores concorrerão, o que corresponde a 8,7% dos candidaturas. São mais de 100 candidatos a mais do que na eleição municipal de 2016, quando profissionais desta área também ocuparam a primeira colocação.

Imagem ilustrativa da imagem Mais agricultores na disputa nas Eleições 2020
Cafeicultura, setor que emprega acima de 350 mil pessoas, mais que as grandes empresas e o poder público. |  Foto: Divulgação

“É realmente muito importante isso acontecer porque ao longo dos anos nossa categoria tem sido sempre esquecida em suas necessidades que são merecidas, são justas e essenciais”, avalia Júlio Rocha, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes).

“Um dia desses fizemos uma reunião importante sobre Reforma Tributária, mas a disponibilidade para os políticos nos atender é a menor possível”, relembra. Por isso, segundo Rocha, tem havido uma conscientização espontânea das bases da agricultura no Estado de maneira de modificar o quadro “e passar a postular esses cargos, pois se conhecem, tem identidade e sabem onde o sapato aperta”.

Ele ainda justificou as candidaturas por conta da importância que a agricultura tem no Estado. “Só a cafeicultura emprega mais do que todas as grandes empresas reunidas e o poder público. São acima de 350 mil pessoas empregadas. O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e do Brasil, se considerar toda a cadeia produtiva passa de 23% para 30%”, ressalta.

Depois dos agricultores, os servidores públicos municipais são os que mais lançaram candidaturas para o pleito de 2020. São 788 concorrentes. O empresariado vem em terceiro com 714.

Levando em conta os centros urbanos, como Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica esta última classe figura na primeira colocação do ranking. Nas quatro principais cidades da região metropolitana da Grande Vitória, a profissão de empresário é a que mais possui candidatos. São 168 ao todo, seguida dos comerciantes que são 153.

O ranking

  • 1 Agricultor: 1025
  • 2 Servidor Público Municipal: 788
  • 3 Empresário: 714
  • 4 Comerciante: 694
  • 5 Dona de Casa: 478
  • 6 Aposentado (Exceto Servidor Público): 429
  • 7 Vereador: 391
  • 8 Trabalhador Rural: 257
  • 9 Advogado: 244
  • 10 Professor de Ensino Fundamental: 195
  • 11 Cabeleireiro e Barbeiro: 174
  • 12 Administrador: 172
  • 13 Motorista Particular: 160
  • 14 Vendedor de Comércio Varejista e Atacadista: 153
  • 15 Policial Militar: 134
  • 16 Motorista de Veículos de Transporte de Carga: 132
  • 17 Produtor Agropecuário: 130
  • 18 Professor de Ensino Médio: 130
  • 19 Auxiliar de Escritório e Assemelhados: 129
  • 20 Motorista de Veículos de Transporte Coletivo de Passageiros: 126

Fonte: Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES).

Imagem ilustrativa da imagem Mais agricultores na disputa nas Eleições 2020
Murad: “Essas pessoas tiveram a percepção da necessidade de mudar algo na estrutura da Saúde, principalmente, em relação ao financiamento”. |  Foto: Dayana Souza — 11/02/2020

Crescem candidaturas de profissionais da Saúde

Disputada em meio a um cenário de pandemia, as eleições municipais de 2020 terão mais candidaturas de profissionais da Saúde. Entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem – três profissões na linha de frente contra a Covid-19 –, o pleito de novembro no País terá 11.211 candidatos destas profissões.

O número é 17,7% maior do que em 2016. A categoria com maior aumento foi a dos técnicos de enfermagem, que passou de 3.219 em 2016 para 4.614 candidatos neste ano – acréscimo de 43,3%. A presença de médicos nas eleições municipais cresceu 6%.

No Espírito Santo não é diferente e também aumentaram o número de candidatos que trabalham na área da Saúde. Em 2016, eles eram 189 profissionais concorrendo a vagas nos legislativos e executivos municipais, e agora são 218. O aumento foi de 15,3%.

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo, Celso Murad, o fato destes profissionais trabalharem na linha de frente de combate à pandemia pode ter pesado para a decisão.

“Enxergo, que essas pessoas tiveram a percepção da necessidade de mudar alguma coisa na estrutura de saúde, principalmente, no que diz respeito ao financiamento dela”, diz Murad.

Ele acredita que a melhor forma de trabalhar em prol de melhorias é no Poder Legislativo, pois é de lá que saem as leis. “Não adianta gritar na rua se não trabalhar as agendas da saúde nos legislativos. A aspiração desses candidatos é legítima, de pessoas que sabem da necessidade de materiais, recursos humanos, de legislação”, salienta.

Militares aumentam presença

O número de policiais e bombeiros militares, das Forças Armadas e militares reformados que se candidataram a prefeito, vice-prefeito e vereador neste ano no Espírito Santo aumentou 38% em relação à última eleição em 2016.

Naquele pleito, ocorrido antes da eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018, foram 135 candidatos militares contra 186 de agora. O maior aumento foi entre os que se declararam policiais militares, passando de 96 para 133, crescimento de 38,5%.

Para o presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), Jackson Eugênio, de uma forma geral, no País, ainda existe um reflexo da eleição do Presidente onde os militares conseguiram enxergar que poderiam se inserir na política.

“No Espírito Santo, ainda teve aquele incidente em 2017 (paralisação da PM) onde os policiais viram a necessidade dessa inserção na política para que pudesse debater uma forma de participação mais efetiva nas decisões que tratam da categoria”, diz.

O militar também frisa que os policiais estão nos 78 municípios capixabas e conhecem de perto as mazelas e se colocam à disposição para contribuírem com soluções para a sociedade.

Análise - Riberti de Almeida, doutor em Ciência Política

Imagem ilustrativa da imagem Mais agricultores na disputa nas Eleições 2020
Riberti de Almeida, doutor em Ciência Política |  Foto: Divulgação

“Agricultores, servidores públicos, empresários e comerciantes constituem, em ordem, os principais segmentos ocupacionais de onde vêm os candidatos capixabas para as eleições municipais de 2020.

Chama a atenção é o número dos que dizem ser agricultor: 1.025 candidatos. Se somarmos os que se declararam trabalhador rural (257) e produtor agropecuário (130), os candidatos vinculados aos profissionais do campo sobe para 1.412.

É um número muito expressivo e se explica pela colonização do Espírito Santo, colonizado por italianos, alemães, espanhóis e outros que, por sua vez, fixaram residência no interior, que tem uma formação demográfica assentada em famílias descendentes que vieram da Europa. Mesmo morando em áreas urbanas, essas pessoas basicamente trabalham com a agricultura tornando-se profissionais do campo.

O agricultor, o trabalhador rural e o produtor agropecuário são profissões que se qualificam para a vida política municipal, o que explica o alto número de candidatos”.

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