Lula decide demitir número 2 da Abin, citado em operação da PF
Segundo auxiliares palacianos, a exoneração deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União
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O presidente Lula (PT) assinou nesta terça-feira (30) a demissão do diretor adjunto da Abin (Agência Brasileira da Inteligência), Alessandro Moretti.
Segundo auxiliares palacianos, a exoneração deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Substituirá Moretti o especialista em inteligência Marco Cepik, atual diretor da Escola de Inteligência da Abin.
O diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, segue no posto. A presença de Moretti no cargo passou a ser contestada após ele ser citado pela Polícia Federal em operação deflagrada na semana passada sobre suposto uso da Abin para um esquema de arapongagem no governo Jair Bolsonaro (PL).
Na ação policial da semana passada contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que seria um dos operadores da chamada "Abin paralela" na gestão federal anterior, a PF diz que o atual número dois da agência teria afirmado que a apuração sobre o caso tinha "fundo político e iria passar". Moretti é delegado da PF.
No pedido, a entidade diz que a postura de Moretti não é a esperada de um delegado que, até dezembro de 2022, ocupava a função de diretor de Inteligência da Polícia Federal.
Afirma ainda: "A reverberação das declarações da Direção da Abin, portanto, possui o condão de influir na liberdade e na percepção da gravidade dos fatos pelos investigados ao afirmar a existência de 'fundo político' aos investigados."
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