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Política

“Foram 100 primeiros dias de governo muito agitados”, diz Renato Casagrande

Ações para fortalecer a democracia, entrega de obras e correção do salário de servidores foram algumas pautas do início do mandato


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Imagem ilustrativa da imagem “Foram 100 primeiros dias de governo muito agitados”, diz Renato Casagrande
Coletiva com o Governador reeleito Renato Casagrande |  Foto: Leone Iglesias/AT

Após o início do atual mandato do governador Renato Casagrande (PSB), não houve descanso. Foram 100 dias de intensas atividades nos municípios do Espírito Santo e em Brasília. 

O governador do Estado tem feito questão de dizer, desde a posse, que é o mesmo Renato Casagrande, mas em um mandato diferente, e que por isso é preciso ter cada vez mais energia para cumprir com os compromissos.

PERFIL

Renato Casagrande

- Nascido em Castelo, sul do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) exerce o mandato de governador do Espírito Santo pela terceira vez, sendo a segunda consecutiva, já que foi reeleito em 2022. 

- Além de chefe do Executivo estadual, Casagrande também já ocupou os cargos de deputado estadual e federal, vice-governador e senador.

- É formado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa e em Direito pela Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim.

A tribuna – Governador, o senhor está em seu segundo mandato consecutivo, o terceiro ao total. O que o senhor conseguiu colocar em prática nesses 100 primeiros dias?

Renato Casagrande – Esses 100 primeiros dias foram  quentes, com muita atividade. O ano começou em uma velocidade grande, eu não parei depois da eleição. Vou parar no mês de maio, tirar 10 dias de férias.  

Nós tivemos que enfrentar e colaborar com outras instituições do Brasil, para fortalecermos a democracia. No dia 9 de janeiro, um dia após ao ataque às instituições, estivemos em Brasília. 

Já fizemos o planejamento estratégico para os próximos 4 anos, uma diretriz de trabalho que irá nos orientar, também concedemos uma correção no salário dos servidores do estado. Nesses 100 dias já visitei 27 municípios. Na última semana entregamos a obra que liga Pinheiros a São João do Sobrado. 

Estivemos também em São Mateus, dando ordem de serviço do Complexo de Saúde do Extremo Norte do Espírito Santo. Também visitamos o recapeamento das avenidas Darly Santos e Lindenberg, em Vila Velha. Foram 100 dias de muito resultado.

O senhor foi muito procurado pelos prefeitos com aspirações e desejos de construir ou melhorar atendimentos em suas cidades? Além disso, como está o relacionamento do senhor com a Assembleia?

Tenho uma relação muito boa com a Assembleia Legislativa, com a Mesa Diretora, liderada pelo presidente Marcelo Santos. A Casa  tem sido uma instituição que tem dado estabilidade à nossa ação política. 

O Espírito Santo tem um diferencial, que é essa estabilidade política, esse respeito entre as instituições. Temos independência, mas temos harmonia nas nossas relações. A Assembleia passou por eleição, elegeu a nova mesa diretora em chapa única e isso foi fundamental. 

A Casa já votou matérias importantes, como o novo Funpaes, por exemplo, que vai trazer mais recursos para a educação. Na próxima terça-feira vamos  teremos mais de 100 milhões para obras nas escolas, para facilitar trabalho dos municípios. 

Além disso, temos uma relação muito boa com os prefeitos. Já lançamos o Fundo Cidades, com R$ 240 milhões para obras de prevenção de casos de eventos climáticos extremos.

Nesses primeiros 100 dias, o senhor tem tido um contato mais afinado com Brasília. Desse novo governo federal, o senhor acha que o Espírito Santo tende a ganhar mais espaço nas agendas?

Sim. O presidente Bolsonaro tinha um estilo diferente do presidente Lula. Bolsonaro delegava completamente as tarefas aos ministros, ele não tinha uma preocupação administrativa, cuidava muito da Comunicação, das redes sociais e de fatos políticos. 

O presidente Lula já fez reuniões conosco, tem um ambiente mais adequado de diálogo de assuntos de interesse dos estados. Por conta disso, há uma demanda da presença de governadores em Brasília.  

Essa preocupação federativa do governo, de uma relação com os governadores, é um ganho que o governo do presidente Lula está apresentando ao nosso País.  

Essa semana o senhor esteve em São Paulo, no leilão das ações da ES Gás. Qual a análise de ganho para o Estado?

O Estado fez a venda da sua participação da empresa. Nós fizemos essa venda porque temos uma visão clara de que uma empresa privada, com capacidade de investimento, vai atrair mais negócios nessa área do mercado do gás do que a nossa ação e gestão como administração pública. 

Nós não vendemos a empresa como outros estados vendem para cobrir rombos nas contas, pois não temos rombos. Vendemos porque queremos que a empresa seja, com mais velocidade, um instrumento para o nosso desenvolvimento.

Governador, a Rede Tribuna está com um projeto chamado “Caçadores de Destinos”, que fomenta  a questão turística. Quem está à frente do projeto é a diretora comercial Lenise Loureiro, que o senhor conhece bem. Qual a avaliação do turismo no Estado? Estamos no caminho certo?

Primeiro dizer da minha alegria de ter a Lenise colaborando com a Rede Tribuna. É uma profissional muito capacitada, foi uma excelente secretária de gestão. 

O secretário Weverson Meireles está indo muito bem em seu trabalho, cumprindo as prioridades. Em 2022, o Estado cresceu 25,5% na atividade de turismo. 

A atividade será cada vez mais importante para o Estado. Neste ano, faremos campanhas nacionais de divulgação do Estado, daquilo que temos de riqueza, biodiversidade e gastronomia. O Brasil vai conhecer ainda mais nosso Estado.

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