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Segundo turno em Pernambuco: a teia política de Raquel Lyra e João Campos

Olinda e Paulista se tornam peças centrais na disputa de poder com impacto direto nas estratégias para 2026


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Imagem ilustrativa da imagem Segundo turno em Pernambuco: a teia política de Raquel Lyra e João Campos
Eleições do 2º turno em Pernambuco viraram palco de disputa entre João Campos e Raquel Lyra |  Foto: Divulgação/foto de arquivo

No segundo turno das eleições municipais em Pernambuco, as cidades de Olinda e Paulista são agora pontos-chave em uma teia política complexa, onde a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), tecem cuidadosamente suas redes de alianças e influência.

As disputas nessas cidades servem como pontos de ancoragem em um emaranhado de estratégias que se expandem rumo a 2026, quando Raquel Lyra deve tentar a reeleição e Campos vislumbra o governo estadual.

Como no 1º turno, a campanha do 2º turno em Pernambuco foi marcada pela ausência de Lula nos palanques. Dizem alguns petistas que ele delegou a João Campos a missão de ajudar os aliados, mas o prefeito tem suas próprias razões para tecer seus próprios fios.

O reino animal tem algumas semelhanças com a vida humana e, por tabela, com a política. As aranhas, por exemplo, tecem suas teias com uma habilidade quase artística. Elas produzem diferentes tipos de fios, cada um com uma função específica, que variam em espessura, elasticidade e resistência. Raras aranhas vivem em colônias, mas quando o fazem, utilizam a cooperação como uma forma de defesa.

Tecendo alianças

Para Raquel Lyra, cada fio desta teia tem sido cuidadosamente planejado, o que gerou surpresas entre aliados e adversários, uma vez que a governadora é vista como uma pessoa com pouca habilidade política, especialmente na hora de de tecer fios mais elásticos.  Para Lyra, cada ponto dessa teia deve se manter firme até o fim, com um lembrete constante a seus aliados: “não descansem até o último voto”.

Com aliados em Olinda e Paulista, Raquel Lyra lançou uma rede de cooperação interligada com as candidaturas de Mirella Almeida (PSD) e Ramos (PSDB), respectivamente. O cenário em Paulista para Raquel está mais favorável, com chances de vitória de Ramos por mais de 70% dos votos. Já em Olinda, a disputa tende a ser voto a voto uma vez que os dois concorrentes estão empatados tecnicamente nas pesquisas.

A teia de João Campos

Do outro lado, João Campos se esforça para expandir suas conexões e envolver Paulista e Olinda em sua própria rede de apoio. Com o candidato Júnior Matuto (PSB) em Paulista e Vinicius Castello (PT) em Olinda, o prefeito do Recife mobiliza todas as suas forças, estendendo sua influência para se conectar aos eleitores locais, falando dos bons resultados da gestão no Recife. Vinicius Castello chegou a dizer que sua influência na campanha não era apenas política, mas um exemplo de resultados.

Fio a fio

A rivalidade entre Raquel Lyra e João Campos tece, fio a fio, uma trama cada vez mais densa na política pernambucana. Após vencer em Caruaru, Lyra fortaleceu sua base, enquanto Campos consolidou seu domínio no Recife. Cada vitória ou derrota nestas eleições municipais é um novo fio na complexa teia que ambos vêm construindo para decidir o cenário em 2026.

Essas eleições em Olinda e Paulista são mais do que disputas locais; elas são parte de uma teia bem entrelaçada, na qual Raquel Lyra e Campos consolidam alianças e forças de olho no futuro. Cada fio de influência e cada conexão criada agora são partes de uma rede política que pode definir o próximo embate pelo poder no estado.

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