Paulista em jogo: Ramos e Júnior Matuto disputam segundo turno decisivo
Com apoio de líderes nacionais, candidatos Ramos e Júnior Matuto disputam uma eleição marcada pela expectativa de mudanças na cidade
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O segundo turno das eleições municipais em Paulista, assim como em Olinda, promete ser carregado de emoção e tensão para os moradores da cidade. Há muito tempo a região não presenciava uma disputa com tamanho fervor, reforçado pela mobilização de lideranças locais e nacionais e pela possibilidade de mudança.
Com 235.213 eleitores, Paulista é o sexto maior colégio eleitoral de Pernambuco, enfrentando desafios significativos em áreas como saúde, saneamento básico e segurança. Neste domingo, os eleitores decidirão entre a continuidade da gestão de Yves Ribeiro (PT), que apoia o candidato Ramos (PSDB), e uma nova aposta no candidato do PSB, Júnior Matuto.
A posição de Yves em apoiar Ramos pode resultar em um processo de expulsão do PT, uma vez que a legenda petista declarou apoio a Júnior Matuto. É um capítulo a se desdobrar.
Ramos, que decidiu não participar de debates, liderou o primeiro turno com 44,36% dos votos válidos (74.092 votos) e o apoio da governadora Raquel Lyra (PSDB).
Com uma longa carreira pública, ele já presidiu a Federação dos Comerciários do Norte e Nordeste (Feconeste) e o Sindicato dos Comerciários do Recife, além de ter sido deputado estadual em 2010 e vereador do Recife em dois períodos: de 1996 a 2000 e de 2004 a 2008.
“Este domingo será o dia em que nossa cidade deixará para trás a corrupção, abrindo um novo caminho de desenvolvimento em todas as áreas para o bem da população”, declarou Ramos, alfinetando o adversário.
Júnior Matuto, atual deputado estadual e suplente de José Patriota, que faleceu, ficou com 30,66% dos votos válidos (51.213 votos) no primeiro turno. Começou sua trajetória política como vereador em 2008 e foi eleito prefeito de Paulista em 2012, com reeleição em 2016. Seu mandato, no entanto, foi cassado pelo STF em 2020.
Sobre essa situação, Matuto explicou à TV Tribuna que as acusações foram utilizadas politicamente pela atual gestão para desacreditar sua candidatura. “Isso foi a pauta do governo Yves Ribeiro durante quatro anos”, disse. Matuto reforçou que as denúncias foram arquivadas e que confia em sua idoneidade. “Hoje estou como deputado, e se houvesse algo contra minha conduta, eu não estaria aqui.”
A disputa em Paulista, de forte simbolismo, representa muito mais que uma escolha administrativa: é um verdadeiro embate entre continuidade e renovação para o futuro do município.
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