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Prefeitos vão disputar a reeleição no ES

Praticamente todos têm a intenção de buscar o segundo mandato, embora a maioria diga, de forma oficial, que é cedo para pensar nisso


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Imagem ilustrativa da imagem Prefeitos vão disputar a reeleição no ES
Ricardo Ferraço preside o MDB, partido que recebeu reforço para a eleição do ano que vem na Grande Vitória |  Foto: Fabio Nunes/AT

Faltando menos de 1 ano para as eleições de 2024, os atuais prefeitos do Espírito Santo que podem tentar um segundo mandato estão buscando, nos bastidores, apoio para as possíveis pré-campanhas eleitorais.

Mas, a maioria afirma, de forma oficial, que ainda é cedo para tratar sobre o assunto e que eleições só serão discutidas no ano do processo eleitoral, ou seja, a partir de 2024.

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Apesar disso, lideranças dos partidos dos prefeitos já admitiram à reportagem que praticamente todos devem tentar a reeleição. Na Grande Vitória, por exemplo, nenhum admite abertamente que disputará o pleito de 2024.

Em Vitória, o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) deve tentar continuar no posto por mais quatro anos. Oficialmente, o prefeito diz que “continua priorizando o trabalho e considera cedo para discutir sobre a sucessão neste momento”.

Em Vila Velha, o prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos) já disse à reportagem que “é cedo para falar sobre isso e que está focado no mandato”, mas representantes do Podemos já afirmaram que a reeleição dele é um dos principais projetos do partido para o Espírito Santo em 2024, junto com a do prefeito de Viana, Wanderson Bueno (Podemos).

A cidade tem até nome ventilado para compor a chapa com Arnaldinho. Bruno Lorenzutti (Podemos), que é presidente da Câmara de Vila Velha, é um cotado para ocupar o posto no próximo ano.

Em Cariacica, o atual prefeito Euclério Sampaio (MDB) admitiu que vai bater o martelo sobre o assunto no final deste ano. Segundo pessoas próximas ao prefeito, uma das maiores causas para ele ter mudado de partido recentemente foi para tentar a reeleição em 2024.

Euclério trocou o União pelo MDB, partido agora presidido no ES pelo vice-governador Ricardo Ferraço. No evento de filiação, Rose de Freitas, outra liderança da sigla, chegou a falar que “Euclério era o melhor prefeito da Grande Vitória” e que “ele seria reeleito por isso”.

Na Serra, o prefeito Sérgio Vidigal (PDT) afirmou que segue focado na gestão e que só vai discutir eleição no próximo ano. Tempos atrás ele tinha afirmado para lideranças de seu partido que “não tinha a intenção de concorrer à reeleição”. Agora, já admite conversar sobre o assunto.


Disputas

Vila Velha

Em caso de tentativa de reeleição, o atual prefeito do município, Arnaldinho Borgo (Podemos), pode disputar contra Thiago Oliveira (PL) ou Devacir Rabello (PL); João Batista Babá (PT), Neucimar Fraga (PP), Max Filho (PSDB), dentre outros nomes.

Oficialmente, o prefeito diz que ainda é cedo para falar sobre o assunto, mas lideranças do Podemos, partido dele, comentam que um dos principais projetos da sigla no Espírito Santo em 2024 é trabalhar para que ele seja reeleito em Vila Velha.

Vitória

Caso o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), bata o martelo e decida disputar a reeleição, ele deverá disputar o pleito contra Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), João Coser (PT), Tyago Hoffmann (PSB), Capitão Assumção (PL), Camila Valadão (Psol) e Alexandre Ramalho (Podemos).

Nos bastidores, o nome de Lorenzo Pazolini é encarado como certeza de tentar a reeleição, no entanto, o prefeito também argumenta que ainda é cedo para falar sobre o assunto e que está focado na gestão.

Cariacica

O prefeito de Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), disse que vai decidir sobre reeleição neste final de ano.

Mas a informação de pessoas ligadas ao político é que um dos motivos dele ter ido para o MDB seria para se fortalecer ao pleito do próximo ano.

Ele se filiou ao partido recentemente, a convite da ex-senadora Rose de Freitas (MDB). No evento, em Cariacica, Rose havia dito que Euclério seria candidato no próximo ano.

Espera-se que ele dispute contra a professora Célia Tavares (PT), já apontada pré-candidata do partido pelo PT.

O atual deputado federal Helder Salomão (PT), outra liderança do partido na cidade, decidiu que não iria disputar à cadeira neste ano.

Serra

O atual prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), afirmou que só falará sobre eleições no próximo ano. Apesar disso, ele já tem discutido a possibilidade de tentar se reeleger. Até o primeiro semestre deste ano, a informação de lideranças do PDT era de que ele não “gostaria de disputar novamente”, abrindo espaço para indicar outros nomes do PDT.

A disputa no município envolve nomes como Audifax Barcelos (sem partido), que irá se filiar ao PP neste mês; Pablo Muribeca (Patriota), que vai para o Republicanos também neste mês; Igor Elson (PL), dentre outros candidatos.

Cachoeiro

O prefeito Victor Coelho (PSB) não pode tentar reeleição, mas a informação é de que ele irá indicar o nome da secretária de Obras do município, Lorena Vasques Silveira.

Por lá, os deputados estaduais Dr. Bruno Resende (União) e Allan Ferreira (Podemos) se juntaram em um projeto em busca de uma definição para um nome em Cachoeiro.

Fonte: Pesquisa AT


Mais de 100 mil urnas já produzidas para a votação

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Urna eletrônica: preparação |  Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ritmo de produção das urnas eletrônicas modelo 2022 segue acelerado. Na última semana, foi atingida a marca de 100.225 novos equipamentos produzidos em Ilhéus (BA), na fábrica da Positivo Tecnologia, vencedora da licitação realizada em 2021. O número equivale a 45,56% das 219.998 urnas contratadas, que serão entregues pela empresa até março de 2024.

Desse total, 91.195 (41,45%) equipamentos já foram recebidos pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), encarregados da tarefa de distribuí-los entre as seções eleitorais instaladas por todo o Brasil. Outras 5.600 urnas estão em trânsito e devem chegar em breve ao destino final.

O processo de montagem é acompanhado de perto por uma equipe de servidores liderada pela Coordenadoria de Tecnologia Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral, que também supervisiona a aplicação dos testes aos quais as urnas eletrônicas são submetidas ainda no local de fabricação.

Essa é uma garantia da Justiça Eleitoral para que os Tribunais Regionais recebam equipamentos seguros e em perfeito estado de funcionamento.

Esta é a segunda maior remessa de aparelhos adquiridos pela Justiça Eleitoral. Fica atrás somente das 224.999 urnas eletrônicas modelo 2020, fabricadas antes do último pleito geral, realizado em outubro do ano passado.

A intenção é manter a capacidade máxima de produção, que pode chegar a até 2,1 mil urnas por dia, para garantir que as eleições municipais de 2024 ocorram com um parque mais renovado.

Como 77% dos equipamentos usados na votação serão dos modelos 2022 e 2020, a expectativa, segundo o TSE, é que o eleitorado tenha mais conforto e estabilidade na hora do voto.

Análise

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Vinícius Zuccolotto é cientista político |  Foto: Divulgação

"Alguns sonham em disputar o governo do Espírito Santo em 2026"

“É provável que alguns dos prefeitos em primeiro mandato disputem em 2024. Alguns, inclusive, já estão sonhando em disputar o governo do Estado no meio de suas próximas gestões, em caso de conseguirem se reeleger. Isso acontece porque o atual governador, Renato Casagrande (PSB), estará fora da disputa e haverá um candidato novo. Um motivo para não lançarem candidatura com antecipação é cautela com pesquisas.

Também existem as questões de acordos com partidos políticos. Eles podem demorar a divulgar a candidatura porque os partidos vão fazer sondagem. Vão ver os nomes que têm disponíveis para ver as possibilidades, e nesse momento acontecem as trocas de partido, por exemplo.

Ainda tem a categoria dos vereadores. É natural que algumas candidaturas não consigam encorpar na candidatura da prefeitura, mas serve para encorpar para a Câmara de Vereadores, por exemplo. Isso costuma acontecer com bastante frequência.”

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