Igor Elson: “Combaterei o crime como ele deve ser combatido”
Bolsonarista prometeu, durante a sabatina da TV Tribuna, integração para reduzir a violência, e implantar o modelo de escolas cívico-militares
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Investir em comunidades terapêuticas para tratar dependentes químicos e alcoólatras, implantar o modelo de escolas cívico-militares na cidade e realizar uma política de segurança integrada para reduzir roubos e assassinatos no município.
Essas são algumas das propostas que o candidato à Prefeitura da Serra Igor Elson (PL) apresentou na sabatina da TV Tribuna. As entrevistas são feitas pelo jornalista George Bitti, de segunda a sexta, às 11h15, ao vivo no Tribuna Notícias 1 Edição. Será um nome por dia até o dia 24.
A Tribuna- Em seu plano de governo, você pretende ter como eixo para o desenvolvimento social a educação. E fala em criar escolas cívico-militares. Como vai ser esse modelo e qual a diferença de uma escola assim para as tradicionais?
Igor Elson- Nós temos hoje, na Serra, 145 escolas e a gestão atual, em quase 4 anos de mandato, não construiu nenhuma nova. Ou seja, eles não vêem a educação como prioridade. Quero mudar isso. Há um clamor popular pelas escolas cívico-militares.
Óbvio que não vamos conseguir fazer 100 escolas em 4 anos, mas vamos focar nos 12 bairros onde metade dos homicídios da cidade ocorrem, seja construindo ou adaptando as escolas já existentes.
É um modelo que auxilia o tradicional, com palestras, serviços, com um resgate de amor à pátria e respeito aos colegas e professores.
O senhor quer criar um programa de recomposição de aprendizagem. Qual a relação disso com aquilo que o senhor chama de busca ativa para reduzir a evasão escolar?
A evasão escolar é uma questão séria na Serra, que reflete no baixo índice que temos no Ideb. Temos de atuar de forma firme, ajudando professores. Por isso é importante a escola cívico-militar, a escola integral, os contraturnos. Manter a mente das crianças ocupadas faz com que o tráfico não as capte. Precisamos de oficinas, palestras, esportes, para que as crianças fiquem com a mente ocupada enquanto suas famílias estão trabalhando.
O governo federal determinou que até 2027 metade das escolas das cidades sejam integrais. Hoje apenas oito são na Serra, ou seja, não é prioridade da atual gestão.
O senhor propõe uma segurança integrada na cidade. No que isso consiste?
Atuei como secretário-adjunto de Segurança na Serra por um ano e três meses. Vi o problema de perto, e a integração entre as forças de segurança é importante. O prefeito deveria estar se reunindo todo mês com as Forças para operar a segurança pública da cidade. Mas isso não acontece. Ele se reúne de três em três meses e muitas vezes nem vai à reunião, manda um representante. É uma omissão.
Quero reduzir não só os assassinatos, como os crimes patrimoniais. É sim responsabilidade do prefeito cuidar da segurança pública de sua cidade. A integração é fundamental e não abro não. Combaterei o crime como deve ser combatido.
No que consiste a proposta “Consultório de Rua”?
A saúde da Serra está um caos. A população não consegue exames, especialidades. A população do balcão para fora precisa ser melhor atendida. Não pode ficar 9 ou 10 horas esperando atendimento. E, dentro dessa questão, precisamos investir na saúde itinerante.
Alguns distritos precisam ter acesso à saúde preventiva duas a três vezes na semana, via veículos equipados. Não falo de questões emergenciais, mas de prevenção, porque inclusive isso desafoga o atendimento das unidades de saúde.
Você também fala em criar centros para cuidados de idosos...
Os idosos estão abandonados na Serra. Precisamos mapear os bairros e verificar quantos estão acamados. Precisam não só de atendimento médico, mas de fisioterapia domiciliar.
Você é contra ou a favor do voto impresso, do ensino religioso nas escolas, e da pena de morte?
Sou 100% a favor do voto impresso. O ensino religioso depende. Eu sou a favor se não agredir outras religiões e nem induzir as crianças. A pena de morte é um assunto complexo. Sou a favor de penas mais severas, mas quem pode tirar ou dar a vida é Jesus Cristo.
E o porte de arma?
Totalmente a favor. Quem não quiser não vai ter, mas quem quiser e cumprir os requisitos, sou a favor.
O senhor pretende criar comunidades terapêuticas. Como será isso?
Precisamos parar de gastar R$ 9 milhões em praças e dar assistências aos dependentes químicos e alcoolatras. Concreto vale mais que ser humano? Ou construiremos, ou adaptaremos, ou ainda buscaremos parcerias público-privadas para investir nisso.
Cronograma e regras
Ordem de entrevistados
- Cariacica
Quinta-feira (12): Euclério Sampaio (MDB)
Sexta-feira (13): Ivan Bastos (PL)
Segunda-feira (16): Célia Tavares (PT).
- Vitória
Dia 17: Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB)
Dia 18 : João Coser (PT)
Dia 19: Camila Valadão (Psol)
Dia 20: Capitão Assumção (PL)
Dia 23: Lorenzo Pazolini (Republicanos)
Dia 24: Du (Avante).
- Vila Velha
Todos os candidatos da cidade já foram entrevistados, nas respectivas datas: 26 de agosto: João Babá (PT); 27 de agosto: Nícolas Trancho (Psol); 28 de agosto: Arnaldinho Borgo (Podemos); 29 de agosto: Coronel Ramalho (PL); 30 de agosto: Maurício Gorza (PSDB); 2 de setembro: Gabriel Ruy (Mobiliza).
- Serra
Todos os candidatos da cidade já foram entrevistados, nas respectivas datas: Roberto Carlos (PT, 3 de setembro), Weverson Meireles (PDT, 4 de setembro), Antônio Bungenstab (PRTB, 5 de setembro), Wylson Zon (Novo, 6 de setembro), Pablo Muribeca (Republicanos, 9 de setembro), Audifax Barcelos (PP, 10 de setembro), Igor Elson (PL, 11 de setembro).
Regras
O candidato vai responder às questões elaboradas pelo apresentador.
Não é permitido citar outro candidato direta ou indiretamente, independente do cargo em disputa.
As questões serão elaboradas com base em grandes temas, como Saúde, Educação, Segurança Pública e também criação de empregos.
As perguntas devem ser respondidas em, no máximo, dois minutos, para que a dinâmica da entrevista seja mantida.
Não há ordem específica de temas escolhidos.
O entrevistador, responsável por conduzir a sabatina, terá liberdade total em formular qualquer questionamento ao candidato.
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