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34 candidatos não receberam voto no ES. Veja curiosidades das eleições

Nem eles escolheram a si mesmos nas urnas, sendo a maioria de mulheres. Há nome que, mesmo com zero voto, aparece como suplente


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Imagem ilustrativa da imagem 34 candidatos não receberam voto no ES. Veja curiosidades das eleições
Urna durante votação: 34 candidatos não receberam votos |  Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil

Na disputa por uma vaga nas câmaras municipais de suas cidades, 34 candidatos no Estado não receberam um voto sequer, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso significa que nem eles votaram em si mesmos durante as eleições municipais do último domingo (06).

Metade dos candidatos sem votos registrados é mulher. Na Grande Vitória, Luciene Souza (PRTB) foi a única a não receber voto. Ela disputava pela primeira vez o cargo de vereadora em Cariacica.

Já o município com mais candidatos que não tiveram votos computados foi Brejetuba. São eles: Denão (União), Zezinho Martins (Pode), Dr. Renato Badaro (PMB) e Thalita do Hot Dog (PMB).

Entre os casos que chamam a atenção está Alfredo Chaves, em que, mesmo sem voto, a candidata Valdireni Natali (Pode) aparece como suplente. O mesmo ocorre em Santa Teresa, com Chiquito (PSD).

Dos 34 candidatos nessa situação, 33 estavam com a situação regular na data das eleições. Apenas um deles aparece na situação “anulado sub judice”, o que acontece, por exemplo, com candidatos que tiveram o registro indeferido, recorrem, mas aguardam julgamento. A reportagem tentou falar com os candidatos, porém não conseguiu contato.

O advogado eleitoral Marcelo Nunes explicou que, nesses casos de votação zerada ou em que o candidato tenha recebido poucos votos, alguns pontos são analisados.

“No aspecto administrativo, o candidato que é servidor e que nesse período estava de licença remunerada precisa comprovar que fez campanha, sob pena de sofrer sanção, como ter de devolver os recursos recebidos indevidamente”.

Já do ponto de vista eleitoral, o advogado salientou que a maior consequência é para as mulheres.

“É avaliado, por exemplo, se a candidata recebeu recursos, se fez atos de campanha. Se comprovado se tratar de candidatura laranja, ela pode ser questionada, se tornar inelegível e toda votação do partido é anulada. Os candidatos eleitos podem ser cassados, como já aconteceu antes no Brasil e no Estado”.

O Ministério Público (MP-ES) informou que está analisando os casos dos candidatos que não tiveram voto nem de si mesmos.

SEM VOTOS COMPUTADOS

Cariacica

Luciene Souza (PRTB)

Afonso Cláudio

Ivaldete Silva (PDT)

Jandira Fehlberg (PRD)

Adriana Viana (PRD)

Água Doce do Norte

Francisca de Paula (DC)

Alfredo Chaves

Valdireni Natali (PODE)

Anchieta

Agenor do Coqueiro (MOBILIZA)

Valdinéia (MOBILIZA)

Baixo Guandu

Neuza da Luz (PSDB)

Robson Cortes - Pirata (PMB)

Preto Chaves (PL)

Bom Jesus do Norte

 Larissa (PSD)

Brejetuba

Denão (UNIÃO)

Zezinho Martins (PODE)

Dr Renato Badaro (PMB)

Thalita do Hot Dog (PMB)

Cachoeiro de Itapemirim

Luiza Alves (PRTB)

Adriene Campos (PRTB)

Colatina

Iedma (DC)

Ecoporanga

 Irailde Laide (PC do B)

Irupi

Heltin Eletricista (PL):

(Anulado Sub Judice)

Iúna

Urbano (DC)

Jaguaré

Dona Marleuza (PDT)

João Neiva

Antonio Reali - Carlinhos (UNIÃO)

Marataízes

Pepê Martins (REDE)

Pedro Canário

Lorrayne (AGIR)

Piúma

Mirian (DC)

Rio Novo do Sul

Careca (UNIÃO)

Santa Teresa

Chiquito (PSD)

Klaus (PRD)

Freitas (PRD)

São Gabriel da Palha

Heber Locutor (NOVO)

São Mateus

Jadson do Gatinho (PRTB)

São Roque do Canaã

Julio Zanetti (MDB)

Fonte: TSE.

OUTRAS CURIOSIDADES ELEITORAIS 

Por três votos

O PP fez 2 dos 9 vereadores de Alfredo Chaves, sendo um dos dois partidos a conseguir votos na cidade. E a disputa pela segunda vaga do PP na cidade foi resolvida por uma diferença de três votos:

Renan Boldrini recebeu 333 votos, enquanto Assis Santos teve 330 e ficou na suplência.

Situação semelhante ocorreu em Mimoso do Sul, onde Robô ficou na suplência do União Brasil por ter recebido 4 votos a menos do que Cassiano Mendes.

Lula eleito, mas Bolsonaro não

No Estado, pode-se dizer que Lula foi eleito, mas Bolsonaro não. É que dois candidatos usando o nome Lula e Bolsonaro disputaram em municípios distintos, mas só o primeiro venceu. Em Aracruz, Lula (PSB) recebeu 1.026. Já em Nova Venécia, Sílvio Bolsonaro (PP) recebeu 55 votos e ficou fora da lista de vereadores. Nenhum outro candidato usou, como nome de urna, os nomes de Bolsonaro ou de Lula.

Ganhou, mas não levou

Em busca de sua reeleição na Câmara, o vereador Netinho (DC) foi o sexto mais votado em Cariacica. No entanto, acabou não sendo reeleito e nem ficará como suplente.

Ocorre que, para ser eleito, um vereador precisa que seu partido alcance o quociente de votos mínimo, o que o DC não conseguiu fazer. O desempenho de Netinho chegou a superar 14 vereadores eleitos e todos os suplentes dos outros partidos.

Não retornaram

Uma série de parlamentares da atual legislatura e ex-vereadores disputaram o pleito deste ano, mas não conseguiram permanecer ou voltar à Câmara onde já atuaram.

Só em Vitória, os exemplos são vários: André Moreira (Psol) e Vinícius Simões (PSB) são alguns dos casos de vereadores da atual legislatura que ficaram na suplência, mesmo com o aumento do número de parlamentares na Câmara do município na próxima legislatura.

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