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Política

“Eleições italianas serão muito difíceis em todos os sentidos”, diz Fábio Porta

Seja pelo curto prazo de campanha ou pela redução do número de cadeiras no parlamento, senador falou que a disputa não será fácil na América do Sul


Imagem ilustrativa da imagem “Eleições italianas serão muito difíceis em todos os sentidos”, diz Fábio Porta
Fabio Porta, Senador italiano, vai disputar a Câmara nas eleições de 25/09/2022 |  Foto: Divulgação

Definindo as eleições italianas do próximo dia 25 de setembro como “muito difíceis em todos os sentidos” o senador eleito pela América do Sul Fábio Porta, conversou com a reportagem por telechamada direto de Caracas, capital da Venezuela, um dia antes de chegar a Vitória. Seja pelo curto prazo de campanha ou pela redução do número de cadeiras no parlamento para representantes dos italianos no exterior, o senador acredita que a disputa não será fácil.

Ele se reuniu com representantes da comunidade ítalo-capixaba para apresentar suas propostas de campanha – desta vez vai concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados – na sede da Biblioteca Pública Estadual no último dia 25. Fábio Porta já teve dois mandatos de deputado na Câmara italiana e está em seu primeiro como senador.

“É pouco tempo de campanha. Infelizmente, a comunidade ítalo-capixaba é pouco conhecida na Itália. Escolhi Vitória e Porto Alegre (RS). São as que detêm a história mais importante. O primeiro grupo organizado de imigrantes italianos chegou no Espírito Santo”, afirmou o candidato.

Fabio Porta, que é do Partido Democrático (PD), destacou que as últimas eleições foram realizadas em março de 2018. “Assumi em janeiro deste ano, após comprovada a fraude, com perícia, na Argentina de 15 mil cédulas”, afirmou.

O Parlamento italiano possui 12 membros eleitos no exterior – oito deputados e quatro senadores. A circunscrição exterior da América do Sul, da qual os cidadãos italianos residentes no Brasil fazem parte, irá escolher três representantes: um para o Senado e dois para a Câmara dos Deputados. A Argentina é o maior colégio eleitoral, com cerca de 700 mil eleitores, seguida do Brasil, com aproximadamente 400 mil.

“Houve uma redução pela metade do número de representantes. Vou concorrer para a Câmara, porque com a redução, a América do Sul só terá um senador e dois deputados e o PD me pediu para concorrer à Câmara, por possibilidade maior de eleger representante”, afirmou Porta.

Porta compõe como candidato ao Senado Andrea Matarazzo do Partido Socialista Italiano (PSI). O atual senador define como um acordo de composição dentro da lista “para fortalecer a comunidade italiana”. “Aceitei o convite do Andrea Matarazzo de unificar nossa lista, de ele participar como nosso candidato ao Senado”, destacou.

Entre usa propostas estão: defender a cidadania italiana por direito de sangue e difundir o ensino da língua e da cultura italiana e mais informações para os italianos no exterior.

“Em 2016, fizemos uma lei, que foi aprovada e que transfere 30% dos fundos arrecadados (nos consulados) para serviços aos ítalo-descendentes”.

Questionado pela reportagem sobre a lei de sua autoria, que inicialmente transferiria um percentual muito maior dos fundos para melhoria dos serviços consulares, respondeu: “Inicialmente, era transferir tudo para o 'fundo da cidadania italiana'. Depois de dois anos de luta na Câmara, chegou-se a esse percentual de 30%. Vou lutar para que seja pelo menos de 50%”.

Sobre os posicionamentos xenófobos de partidos e comportamentos preconceituosos da própria população italiana em relação a imigrantes, Porta considera que esta é uma “tendência míope”. 

“É uma tendência míope não só da direita ou da esquerda, sempre fui contra. Defendo a abertura e a inclusão. Ítalo-descendentes devem ser aceitos e integrados e muitos jovens que nasceram na Itália”.

O senador destacou que a Itália é um país que está em recessão demográfica e defendeu que o país tenha uma política migratória. “Temos que ter uma política migratória de inclusão, mesmo sendo filho de brasileiros, albaneses, mas temos que favorecer os ítalo-descentes, para favorecer a economia e ter uma Itália nova, aberta”.

O candidato destaco que, devido à tendência de a população ver o estrangeiro como um perigo e haver a tendência à xenofobia, pretende propor uma nova lei. “O ítalo-descendente enfrenta preconceito. Vamos aprovar a lei que introduz o ensino obrigatório nas escolas da história da Itália no mundo”.

Fábio Porta é sociólogo, tem 58 anos. É natural de Caltagirone, na Sicilia. É casado, tem duas filhas e mora em São Paulo há 25 anos.

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Italianos de olho em votos dos descentes no estado

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