Ciro Gomes chama 3ª via de “viúvas de Bolsonaro”
Pré-candidato à Presidência pelo PDT distribuiu ataques a Doria, Eduardo Leite e acusou Sergio Moro de “acobertar roubalheira”
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Pré-candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT) à presidência da República, Ciro Gomes não poupou críticas aos possíveis adversários na corrida eleitoral de 2022.
Ciro chegou sexta (10) à noite ao Espírito Santo. No sábado, participou da Convenção Estadual do PDT, na Escola Técnica Cedtec, em Parque Residencial Laranjeiras, na Serra.
Minutos depois de chegar ao Estado, Ciro, que é vice-presidente nacional do PDT, concedeu entrevista coletiva em um hotel na Praia do Canto, em Vitória.
Também participaram da entrevista o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o presidente do PDT Estadual e prefeito da Serra, Sergio Vidigal. Por pouco mais de uma hora, Ciro Gomes falou sobre projetos para o País e fez duras críticas aos possíveis rivais na eleição do próximo ano.
Ciro também direcionou ataques à chamada terceira via, como têm sido chamados os pré-candidatos à Presidência que tentam se desvencilhar das imagens de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
“Não existe terceira via”, disparou o pré-candidato à Presidência. E Ciro prosseguiu com os ataques:
“Terceira via é tudo viúva de Bolsonaro. O Eduardo Leite ficou com quem? O (João) Doria ficou com quem? O (Sergio) Moro foi ministro do Bolsonaro, ele acobertou a roubalheira dos filhos do Bolsonaro, deixou o Bolsonaro tirar o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) do Ministério da Fazenda e transferiu para o Banco Central”, disse.
Ainda sobre o ex-juiz federal, Ciro afirmou que Moro deixou o cargo de ministro da Justiça no governo Bolsonaro para assumir função em uma empresa nos Estados Unidos.
“A multinacional administra massa falida da Odebrecht, que ele quebrou, ganhando em dólar. Eu recuso três aposentadorias por ser ex-prefeito, ex-governador e ex-deputado. Quem é honrado: o cara que saiu para trabalhar em multinacional contra o Brasil ou o cara que deixou de receber três aposentadorias?”, questionou.
O pedetista também falou sobre propostas para mudar o País, caso chegue à Presidência. Um dos objetivos é mudar o modelo econômico do Brasil, taxar grandes patrimônios e também limpar o nome dos endividados no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Lula vira o maior alvo do pedetista
Durante entrevista coletiva, o pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes, mirou também os ataques ao ex-presidente Lula (PT), que aparece liderando a corrida eleitoral nas pesquisas prévias.
“Qual é a proposta do Lula? Ele é muito carismático, popular, tudo certo. Agora, dá para dizer que Lula usou a corrupção como ferramenta central de seu governo no poder?”, questionou.
Como exemplos de seu pensamento, Ciro lembrou que ministros do governo Lula foram condenados a devolver dinheiro que teria sido fruto de corrupção.
Em outro momento, o pedetista criticou a postura do PT em tentar juntar no mesmo palanque políticos partidos de espectros diferentes, como Psol e PSDB.
“O Lula tem uma habilidade tão grande que está juntando gato, sapato, galinha tudo junto. Silenciando o Psol, um partido juvenil da esquerda, que resolveu ser pragmático antes da hora. Juntando (Guilherme) Boulos com (Geraldo) Alckmin, é isso mesmo? Para quê, para fazer uma coisa nova, um novo modelo tributário? Ou só conchavo para retirar o povo da jogada?”, questionou Ciro.
No Estado, o PDT pretende apoiar o governador Renato Casagrande (PSB) caso ele tente a reeleição. “Desde que o candidato a subir no palanque seja Ciro Gomes”, disse o prefeito da Serra, Sergio Vidigal.
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