Bolsonaro prevê sair derrotado no TSE
Presidente sinalizou que os indicativos não são bons, em ação que julga veiculação de supostas mentiras sobre urnas eletrônicas
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou que já prevê derrota no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no julgamento marcado para a próxima quinta-feira, que vai decidir se ele ficará inelegível por oito anos por abuso de poder político e dos meios de comunicação.
Segundo Bolsonaro, “os indicativos não são bons”, mas ele está “tranquilo” em relação ao desfecho da votação e cobrou calma de seus aliados.
Ele chegou a pedir para que seus aliados “não se apavorassem”, durante um evento de filiação de prefeitos ao PL em Jundiaí (SP).
“Obviamente não quero perder os direitos políticos. Não vamos nos apavorar com o resultado que vier. A gente quer continuar vivo contribuindo com o País. Até mesmo uma condenação de inelegibilidade porque me reuni com embaixadores antes do período eleitoral. Já sabemos que os indicativos não são bons, mas eu estou tranquilo”.
Bolsonaro é acusado pelo PDT de veicular mentiras sobre o funcionamento das urnas eletrônicas a embaixadores durante a campanha eleitoral do ano passado.
A ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) apresentada pelo partido contra o ex-presidente alega que ele usou a estrutura do Palácio da Alvorada na tentativa de convencer embaixadores de que as eleições seriam fraudadas.
O desfecho do julgamento pode torná-lo o primeiro ex-presidente a perder os direitos políticos por decisão da Justiça Eleitoral decorrente de crimes praticados no exercício do mandato.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, chegou a ficar inelegível por causa de condenações pela Justiça comum no âmbito da operação Lava a Jato, o que o enquadrava na Lei da Ficha Limpa.
Anos depois, porém, o petista acabou tendo as condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente para julgá-lo e o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) parcial na condução do caso.
No sábado, Bolsonaro voltou a insinuar que as eleições do ano passado, na qual saiu derrotado para o presidente Lula, não ocorreram dentro da normalidade.
“Acho que todo mundo pode questionar, mas para o STF e o TSE não pode questionar”, afirmou o ex-presidente
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