Bolsonarista que hostilizou enfermeiras é preso por atirar fogos no STF
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu neste domingo (14) Renan da Silva Sena, identificado como um dos suspeitos do lançamento de artefatos explosivos contra o prédio do Supremo Tribuna Federal.
O ataque aconteceu durante uma manifestação na Praça dos Três Poderes, em Brasília, depois que o governo do Distrito Federal desmontou um acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, no sábado (13).
Sena também é acusado de fazer ameaças contra a integridade física do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
O presidente do STF, Dias Toffoli, resolveu representar contra Renan da Silva Sena e outros envolvidos que forem identificados. Em ofícios encaminhados ao diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza, e ao secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, na noite deste domingo (14), Toffoli exige a responsabilização penal dos manifestantes que direta ou indiretamente patrocinaram ataques ao STF.
O presidente da corte aponta Renan da Silva Sena como um dos autores do ataque ao prédio da instituição. Ele aparece em vídeos divulgados nas redes narrando a ação dos manifestantes e atacando membros do STF.
Renan Sena ganhou notoriedade após agredir enfermeiras que protestavam contra o governo na Praça dos Três Poderes no dia 1º de maio. O bolsonarista era funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e foi exonerado após o incidente.
Nas redes sociais, Renan costuma fazer publicações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ataques ao STF, Congresso e a governadores.
A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos do Distrito Federal vai investigar todas as ações na internet do grupo de direita vinculado a Renan Sena. A Polícia do DF identificou Sena como um dos manifestantes do ato de sábado contra o STF.
"Isso aqui é para o senhor Ibaneis Rocha, por ter fechado os acampamentos na Esplanada. Isso aqui não são fogos de Copacabana, é a revolta", disse Renan Sena em vídeos em que narrava os fogos contra o prédio do STF.
No dia 1º de maio, Sena também foi flagrado agredindo uma enfermeira que participava de um ato a favor do isolamento social.
No fim da noite de domingo, ele foi solto.
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