Policial suspeito de estuprar a própria filha é indiciado
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O policial militar, de 36 anos, suspeito de estuprar a própria filha de 13 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por estupro de vulnerável. De acordo com a polícia, a namorada do militar também foi indiciada por falso testemunho e fraude processual.
Segundo a Polícia Civil, ela mentiu em depoimento e orientou a vítima do caso a mentir durante as investigações. Além disso, ela teria induzido a menina a dizer que a mesma não estava em casa no momento do estupro.
A identidade dos envolvidos não será revelada para resguardar a adolescente.
Segundo a assessoria da PM, o acusado já responde a um Processo Administrativo em consequência de um outro caso de estupro denunciado no passado. Ele está afastado desde o ano passado.
A violência contra a filha do policial teria ocorrido no dia 2 de agosto, mas somente no dia 14 que a denúncia foi feita. A vítima relatou que estava na casa do pai, quando o estupro teria acontecido. Ela contou a mãe, 35, por meio de uma mensagem de voz, nove dias depois do ocorrido. A vítima disse que demorou a contar porque estava envergonhada.
A vítima ainda relatou que durante o abuso, chorou e implorou para que o pai não fizesse nada, pois ela era sua filha. O acusado ainda teria pedido à filha que não relatasse nada à mãe.
Ao ter ciência do crime, a mãe da vítima registrou ocorrência e denunciou o ex-companheiro a Corregedoria da Polícia Militar. Em entrevista à TV Tribuna, a mulher pediu justiça e disse que deseja que o acusado pague na justiça o que fez com a filha.
Ao ser questionado sobre o ocorrido, o policial militar negou que tenha abusado sexualmente da filha e se defendeu dizendo que confundiu a jovem com a própria namorada. Ele admitiu que abraçou e beijou a nuca da vítima, mas que não percebeu o engano. Ao ver que se tratava da sua própria filha, ele pediu desculpas e voltou a dormir.
No ano passado, o militar teria estuprado uma outra adolescente, de 15 anos. A vítima era filha da melhor amiga da ex-mulher. Por conta desse caso, o acusado ficou um mês preso no quartel, mas foi liberado e afastado no dia 2 de junho do ano passado.
Na época da denúncia da filha, a Polícia Militar informou que o acusado respondia a processo administrativo de natureza demissionária por conta da acusação do ano passado. “As novas acusações serão anexadas a esse processo que já está em andamento. Se comprovadas, o militar pode ser expulso da Polícia Militar”, dizia a nota.
Até o momento, a Corregedoria da PM não respondeu a demanda da reportagem.
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