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Polícia

Viciados invadem prédios e ameaçam moradores em Vitória

Usuários de drogas usam até cães para amedrontar pessoas e intimidam pedindo dinheiro


A situação de quem vive ou tem comércio em Jardim da Penha, Vitória, está ficando cada vez mais complicada. Isso porque moradores de rua, que em sua maioria, são usuários de drogas, estão fazendo ameaças.  

Imagem ilustrativa da imagem Viciados invadem prédios e ameaçam moradores em Vitória
Usuários de drogas dormem em praças do bairro Jardim da Penha, em Vitória. Moradores afirmam que as crianças não brincam mais nesses locais |  Foto: Fabio Nunes / AT

Quem mora no bairro alega que, além de terem seus prédios invadidos por algumas dessas pessoas, eles estão sendo alvo de ameaças por qualquer motivo. 

“Alguns deles andam com cachorros e usam os animais, que são agressivos, para nos amedrontar.  Muitos deles pedem ajuda com alimentos e dinheiro. Se não dermos, começam as ameaças”, conta uma aposentada, de 60 anos, que não quis ser identificada. 

Moradores e comerciantes da região disseram que tiveram de mudar suas rotinas devido ao medo que sentem dos usuários. É o caso da aposentada Luzia Cruz,  69.

“Só saio de casa com carro de aplicativo. Gasto um valor absurdo  só para tentar ter um pouco de segurança porque eles (usuários) estão por todo lugar. Moro no bairro há 45 anos e atualmente é impossível continuar vivendo aqui”.

Peterson Pimentel, coordenador de segurança de Jardim da Penha, lembrou que a região já mudou recentemente por uma situação de insegurança, que foram os casos de sequestros-relâmpagos. Agora, ele afirma que a insegurança vem por conta dessas pessoas que estão impondo medo em quem ali reside.

“Eles tomaram conta do bairro,  das praças, dos comércios, dos condomínios. Eles fazem sexo durante o dia, se drogam, intimidam e usam os cachorros que eles têm para poder intimidar os moradores”, revelou  o coordenador. 

Devido às ameaças, ele conta que as praças não são mais ambientes frequentados por crianças e idosos. “As crianças não podem mais brincar nos parquinhos, para entrar no banheiro não dá mais porque eles colocam os colchões na entrada, isso durante o dia”, relatou. 

À noite, o alvo são os comerciantes. “O bairro está sendo assaltado, padarias estão sendo assaltadas, salões de beleza, condomínios e outros estabelecimentos”.

 Testemunhas disseram ainda  que  muitos usuários de drogas têm trocado marmitas de comidas por crack, nas bocas de fumo.

Preocupação

“Estamos todos reféns” 

Morando há 32 anos no bairro, a enfermeira aposentada  Rosa Meira Ferreira, de 64 anos, passou a adotar estratégias para não ser roubada na região. Além de evitar sair sozinha de casa, ela anda com a cópia de algum documento e  um valor em espécie para entregar para um  ladrão, caso seja abordada. 

“Estou prisioneira dentro do meu próprio bairro. Estamos todos reféns. A única forma que encontrei de não ser tão prejudicada, caso seja abordada, é fazendo isso”.

Ela conta que já ouviu várias situações que envolvam ameaças de usuários a outras pessoas. “Infelizmente é corriqueiro”.


“Não saio mais por medo”

O aposentado Renato Carvalho Castro, de 64 anos, evita sair de casa, com receio. “Uma dessas pessoas, que fica misturada com os moradores de rua, puxou a bolsa de uma senhora. Eu estava bem atrás e, quando corri para ajudá-la, percebi que tinham mais dois homens atrás de mim. Eles andam em bandos”, disse. 

Ele afirmou ainda que evita ao máximo sair de casa, mas, quando precisa, só anda com cartão de crédito, porque, se precisar bloquear, é mais fácil.


“Invadiu meu prédio”

A comerciante Tatiana de Farias, de 46 anos, se sente intimidada por usuários de drogas, principalmente porque o prédio onde ela mora já foi alvo da ação de um deles,  que furtou uma bicicleta e outros objetos.

“Era por volta das 2 horas. Eu acordei e vi que o nosso portão estava aberto. Eles abriram e estavam olhando na garagem, olhando carro por carro para tentar localizar algum objeto de valor, talvez”, disse. 

Por conta da insegurança,  ela conta que não deixa mais sua filha, de 4 anos, brincar na praça principal do bairro – local onde está a maioria dos viciados.


“Tentaram invadir o salão quatro vezes”

Quem pede socorro é um comerciante, de 43 anos. Ele admite   passar por momentos constrangedores constantemente. 

“Tenho um salão de beleza em Jardim da Penha, Vitória, e  sinto medo ao chegar para trabalhar, todos os dias, já que muitos usuários de drogas dormem na calçada do local”. 

Além disso, o comerciante  afirma que o estabelecimento já foi alvo de quatro tentativas de invasão. 

“Meu medo é chegar lá e não encontrar nada  dentro porque já tentaram invadir o meu salão quatro vezes. Isso sem falar que eles dormem na calçada. E como que eu vou expulsá-los de lá? Eles estão batendo em agente da guarda, imagina o que fariam comigo?”, afirmou.


Intimidado

A reportagem esteve em Jardim da Penha, Vitória, nesta sexta-feira (17) e flagrou um homem, que estava reunido com demais pessoas em situação de rua, tentando intimidar o coordenador de segurança Peterson Pimentel. 

Sem se preocupar com a presença da equipe, o suspeito questionou  por que o coordenador havia chamado a imprensa. Após o fato, a equipe permaneceu no local.

Leia mais: 

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