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Polícia

Viciados invadem lojas, casas e bancos em bairros nobres

Moradores de Itapuã e Praia da Costa reclamam dos crimes cometidos por usuários de drogas para sustentar o vício


Imagem ilustrativa da imagem Viciados invadem lojas, casas e bancos em bairros nobres
Assistente social, 54, contou que sua mãe e filha estavam em casa quando um usuário de drogas invadiu o local |  Foto: Foto: Fabio Nunes / AT

O vício em drogas é um problema social  que atinge muitos brasileiros. Além de destruir famílias, ele coloca  usuários em situações nas quais, para sustentar o vício, acabam  cometendo  furtos, assaltos e até assassinatos. 

Em Vila Velha, esse problema atinge até quem não tem relação alguma com o uso de drogas. Em bairros como Praia da Costa, Itapuã e Centro, moradores já não aguentam mais  a presença de viciados que estão invadindo lojas, casas e até bancos para roubar tudo que dê um retorno financeiro. 

Segundo quem vive nessas regiões, o objetivo dessas pessoas é a venda direta de tudo aquilo que é roubado para a compra de  drogas, como acontece nos casos dos  fios de cobre. Na Praia da Costa, por exemplo, na madrugada da última quinta-feira, um banco foi alvo da ação de criminosos, que ao invadir o local, furtaram fios da tubulação de ar-condicionado. 

Nesse mesmo bairro, moradores disseram não suportar mais os ataques de grupos de pessoas. 

“Eles invadem lojas, padarias e até nossas casas. No meu prédio, por exemplo, esses dias eu me deparei com um tentando pular o muro da entrada. Ele só desistiu porque eu cheguei na hora”, disse um autônomo, de 37 anos, que não quis se identificar.

Uma aposentada, de 69 anos, que não quis se identificar, moradora da Praia da Costa, contou que há cerca de uma semana foi abordada por um viciado enquanto caminhava pela orla, perto de casa.

“Puxou meu cordão de ouro branco e saiu na bicicleta, não tive tempo nem de gritar”, relata. 

No centro de Vila Velha, segundo moradores,  até a biblioteca pública já foi alvo de viciados. “Quebraram  todos os vidros para invadir e furtar aquilo que conseguissem vender”, contou um empresário, de 40 anos, que também não quis se identificar. 

Já no bairro Itapuã, além de moradores, viciados têm atacado o comércio. “Na última semana, o alvo foi uma farmácia. Eles têm invadido casas para roubar tudo que podem mesmo. Está complicado para quem mora no bairro”, conta um morador, de 45 anos, que pediu para não ser identificado.

Fios e portas são alvo de criminosos

Para conseguir dinheiro para sustentar o vício em drogas, criminosos  têm invadido casas, condomínios, estabelecimentos comerciais e até bancos. Os objetos preferidos desse público, segundo quem já foi vítima, são os fios de cobre, portas e janelas de aço. 

Em um banco que fica na Praia da Costa, em Vila Velha,  o alvo foram as tubulações de ar-condicionado, que possuem vários fios em seu interior. 

Por lá, a quantidade levada na última quinta-feira foi tão grande que o banco precisou pausar o atendimento no dia do fato. 

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Em Itapuã, além dos objetos informados, os viciados não deixam passar nem as roupas das vítimas. “Até as roupas que ficam penduradas no varal, eles estão levando. Há casos de invasões na rua Goiânia e em várias outras”, contou um morador, de 45 anos, que preferiu não se identificar. 

Em uma padaria que fica na Praia da Costa, o alvo foi a porta de aço do estabelecimento. “Conseguiram tirar a porta e a levaram. Acho que ele fez isso para conseguir vender e  trocar por drogas, porque aqui na Praia da Costa está cheio de viciados”, comentou um atendente, de 26 anos, que não quis se identificar.

depoimentos

Invasão de casa - Assistente social, 54 anos

“Minha mãe, de 87 anos, e minha filha, de 14, levaram um susto quando um viciado entrou na nossa casa, na Praia da Costa,  Vila Velha. Eu chegava do supermercado quando vi o bandido. Ele  estava na porta para entrar. Me assustei e pedi ajuda a moradores que passavam na rua. Em seguida, os vizinhos entraram na casa e conseguiram conter o homem. Mas a polícia não pôde levá-lo, porque nada foi encontrado com ele”.

Mudança de rotina - Empresário, de 28 anos

“Minha sogra e minhas cunhadas,  foram, inclusive, assaltadas por esses dias. A insegurança está muito grande na Praia da Costa. A gente não tem uma vida normal, que deveria ter. Por isso, mudei minha rotina com receio de ser abordado. Vou de carro para a academia, que fica a metros de casa. Sei que não resolveria o problema, mas eu não fico tão exposto. A PM poderia aumentar as rondas, principalmente  à noite”.

Prisão só em flagrante

Quanto à insegurança nos bairros nobres de Vila Velha, a Polícia Militar ressalta que faz   policiamento ostensivo, desenvolvido diariamente no local, com rondas ostensivas 24h, além de abordagens, pontos de base e visitas tranquilizadoras aos comércios.

No entanto,  destaca que fatos relacionados  a moradores em situação de rua e usuários de drogas são questão de saúde pública e social, por isso apoia e acompanha as ações da Prefeitura Municipal, que é quem possui a responsabilidade  de planejar as políticas públicas para esse público.

A PM reforça ainda que somente pode deter pessoas em flagrante delito e não apenas por estarem em situação de rua. 

 O delegado adjunto da 2ª Delegacia Regional de Vila Velha e titular do 6º Distrito de Polícia de Vila Velha, Guilherme Eugênio Rodrigues, ressaltou que a Justiça prioriza os crimes violentos na hora de decidir quem ficará preso.

“Muitas prisões por furto não são mantidas pela Justiça, por não ser, em regra, um crime violento. Mas vemos que, infelizmente, a sociedade se torna refém de viciados”.

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