Veículos comprados com o dinheiro do tráfico somam mais de R$ 300 mil
O dinheiro com venda das drogas por integrantes do PCV eram bem aproveitados pelos criminosos. Só carros e motos, a facção gastou, entre os anos de 2015 a 2020, mais de R$ 300 mil.
Para não chamar a atenção da polícia, a maioria dos veículos tinha sua titularidade transferida a cada ano. Um dos carros adquiridos com o dinheiro do crime teve sua titularidade trocada três vezes.
Entre os modelos comprados pelos bandidos, segundo revela a denúncia feita pelo MPES, destacam-se Chevrolet Cruze LT, avaliado em R$ 140 mil.
Advogadas
Duas advogadas foram denunciadas pelo MPES, acusadas de participarem do megaesquema de lavagem de dinheiro do PCV. Uma delas é a mulher de Beto, de 38 anos, responsável pela parte financeira da facção. A outra, é irmã dela, uma jovem de 32 anos. O MPES pediu instauração de processo disciplinar à OAB-ES.
Imóvel da organização alugado para templo religioso
Até uma igreja foi usada pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCV) para despistar a polícia. De acordo com o Ministério Público, só o lote onde o monumento está instalado custou para a facção R$ 60 mil, que foram pagos em espécie para o proprietário.
No local, foi construído um prédio que, segundo fontes ligadas às investigações, foi alugado para uma igreja evangélica. A compra do imóvel foi citada por Marujo, em julho de 2019, em uma mensagem enviada a Beto. A mensagem foi interceptada durante uma das fases da Operação Armistício.
“O corre dos R$ 70 mil aceitamos os R$ 10 mil e topamos os R$ 60 mil que vai ser comprado a igreja”, disse o bandido em um dos trechos.
Comentários