Suspeitos de sequestro em shopping de Vila Velha fizeram outra vítima dias antes
Enfermeiro foi abordado pelos criminosos no estacionamento de um hospital público
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Os suspeitos de sequestrarem uma família em um shopping de Vila Velha no dia 30 de janeiro fizeram outra vítima do mesmo crime quatro dias antes. A informação foi divulgada em uma coletiva sobre o crime nesta segunda-feira (26).
A primeira vítima foi um enfermeiro, que foi sequestrado no estacionamento de um hospital público em Vila Velha na noite do dia 26 de janeiro. Ele foi abordado e rendido pelos dois criminosos, de 30 e 16 anos de idade, e obrigado a circular com os suspeitos dentro do próprio veículo.
Durante o sequestro, a vítima foi ameaçada e teve que realizar transferências bancárias, além de ter a aliança de casamento roubada. O enfermeiro também foi obrigado a resetar o aparelho celular para o modo original de fábrica antes de entregá-lo para os criminosos. Após o crime, ele foi libertado no município de Cariacica.
Poucos dias depois, dentro do estacionamento de um shopping em Vila Velha, os criminosos agiram novamente. “Desta vez eles nem perceberam a dimensão dos ocupantes do veículo que eles escolheram como vítima. Escolheram um veículo com cinco pessoas, no qual se encontravam deixando o shopping duas mulheres jovens, uma idosa e duas crianças de quatro e cinco anos de idade, de forma extremamente violenta”, explicou o delegado Guilherme Eugenio Rodrigues, adjunto da 2ª Delegacia Regional de Vila Velha.
A semelhança entre os crimes foi analisada durante a investigação. Os suspeitos, que estão detidos, irão responder por um roubo e uma extorsão em cada uma dos eventos, além de lavagem de dinheiro e formação de associação criminosa — já que, nos crimes, houve a participação de laranjas para a receptação do dinheiro roubado.
Os suspeitos são Jonathan Bernardo Maia, de 30 anos, e um menor de idade, de 16. O autor maior de idade já havia sido preso pelos crimes de homicídio, roubo e estupro. Já o adolescente não havia sido detido até então, mas, durante as investigações, foi identificado como autor de outras duas infrações na Orla de Itaparica.
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