X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Polícia

Suspeito de agredir enteada de um ano é preso na Serra

A mãe também será investigada, suspeita de omissão


Imagem ilustrativa da imagem Suspeito de agredir enteada de um ano é preso na Serra
Bebê ficou internada no Hospital Infantil de Vitória. Exames mostraram múltiplas lesões na cabeça (destaque) |  Foto: Divulgação / Governo do ES | Divulgação / PCES

Foi preso pela polícia o padrasto suspeito de agredir uma bebê de 1 ano e 4 meses, no bairro Nova Almeida, na Serra. A agressão ocorreu no dia 13 de junho e a criança ficou internada em estado grave, com múltiplas lesões na cabeça, chegando a ficar em coma. O homem foi preso preventivamente e a mãe da bebê também foi indiciada no inquérito, sendo investigada por omissão. 

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (08), a polícia explicou o caso e confirmou que a bebê recebeu alta hospitalar. A menina teve traumatismo craniano grave, além de lesões nas costas, braços e pernas. Ela chegou a ficar intubada e sofreu paradas cardiorrespiratórias, mas segundo neurologista não deve ficar com sequelas da agressão.

LEIA TAMBÉM: “Muita revolta”, diz avó de bebê de um ano espancada na Serra

A polícia teve conhecimento do caso por meio do hospital onde a criança deu entrada, com sinais de maus tratos e espancamento. A equipe foi até a unidade e verificou que a menina respirava por aparelhos e apresentava múltiplas faturas na cabeça. Ela estava sob os cuidados do padrasto no momento dos ferimentos e, na ocasião, ela chegou a dar três versões diferentes para explicar as lesões.

A delegada Thais Cruz, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), explicou que a mãe da menina saiu para trabalhar e deixou a filha com o padrasto, que também cuidava de um outro bebê, filho do casal, de apenas 4 meses. 

No dia em questão, o homem recebeu a visita de um primo, com quem havia combinado de assistir a um jogo. Quando o primo chegou, a criança estava no chão, sufocada e o padrasto explicou a situação dizendo que ela havia se engasgado após tomar mamadeira. 

O primo resolveu pedir por ajuda, saindo de casa e avistando uma viatura da Polícia Militar na rua. A equipe policial fez os primeiros socorros à criança, salvando a menina inclusive de uma parada cardiorrespiratória. Ela foi encaminhada para a UPA na Serra, onde ficou constatado que o caso era grave, necessitando de transferência para um hospital.

A criança foi levada para o Hospital Infantil de Vitória, onde a equipe médica percebeu que ela apresentava diversas lesões pelo corpo, nas costas, braços e pernas, além de pancada na cabeça, já que também não respondia a comandos. Neste momento, a mãe também foi avisada do estado da criança.

AGRESSÕES

No sábado (14), a avó materna da bebê procurou a delegacia relatando que a mãe tinha confirmado que a criança havia sido agredida pelo padrasto.

A prisão preventiva do suspeito foi decretada e cumprida já na segunda-feira (16), mas durante o depoimento ele afirmou que a criança havia caído de uma cama box de uma altura de 50 cm, batendo a cabeça. Em outra versão ele chegou a dizer ainda que havia brincado de "lutinha" com a bebê, o que explicaria os hematomas. 

"A equipe da DPCA foi até o hospital novamente e solicitou um relatório do neurologista que estava acompanhando a criança. Ele falou que a lesão era incompatível com a queda da cama box, em razão das múltiplas fraturas que tinha na cabeça", contou a delegada.

Um outro exame foi solicitado pela polícia, e o resultado confirmou mais de dez lesões nas costas da criança, além de lesões na coxa, glúteo, braços e no olho, em diferentes estágios de cicatrização, mostrando que algumas eram mais antigas.

"Nesse segundo momento a gente começou a apontar a investigação para a conduta da mãe. A genitora foi ouvida e falou que tinha mais ou menos 1 mês que a criança ficava com o padrasto, antes ficava com babás." 

As babás foram ouvidas pela polícia e não apontaram nenhuma conduta da mãe em agressões físicas. "Só que era incompatível a mãe não saber das lesões, dos hematomas da filha. Ela foi indiciada e o padrasto também, por tortura, porque ambos foram coniventes, estavam cientes que a criança estava sendo agredida fisicamente", afirmou Thais Cruz.

Já pela agressão do dia 13, o padrasto foi indiciado por tentativa de homicídio. "Eu entendi que ele só não consumou este homicídio porque o primo chegou, viu a criança agonizando no chão e pediu ajuda", declarou ainda a delegada.

A menina inclusive já havia dado entrada no hospital em uma ocasião recente, no dia 22 de maio, com uma fratura na cabeça e na perna, após também estar com o padrasto. Na ocasião, a mãe falou que a criança amanheceu mancando e ela a levou para o hospital e depois foi avisada pelo padrasto que a menina havia caído.

Em depoimento, a mãe alegou não saber das agressões. "Em um segundo momento a gente começou a ver que a mãe tinha sido omissa, por isso que ela foi indiciada por tortura, porque a criança era agredida reiteradamente", concluiu Thais.

A menina agredida recebeu alta nesta segunda-feira (08). A delegada afirmou que, em conversa com o neurologista que acompanhou o caso, ele indicou que a vítima não ficaria com sequelas. Uma equipe do hospital também contou que a menina passa agora por um processo de recuperação dos movimentos de braços e pernas.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: