STJ manda soltar juiz preso na operação "Follow The Money"
Ele é um dos investigados pelos crimes descobertos na operação "Follow The Money" do Ministério Público do Espírito Santo
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O Superior Tribunal de Justiça mandou soltar o ex-juiz Bruno Fritoli nesta terça-feira (12). Ele é um dos investigados pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público e particular, além de falsidade ideológica, que teriam sido praticados em esquema de fraudes de heranças, que foi descoberto pela operação "Follow The Money" deflagrada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), no dia 1º de agosto deste ano.
Os advogados de defesa Rafael Lima, Larah Brahim e Mariah Sartório, argumentaram grave risco de vida para o investigado, na medida que houve a determinação a transferência para um presídio comum devido aos numerosos casos que Bruno havia julgado envolvendo facções criminosas, crimes dolosos contra a vida e delitos envolvendo, em geral, violência e grave ameaça.
O relator do caso, Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, ainda determinou a aplicação de medidas cautelares que o ex-juiz terá de cumprir agora que será solto. Entre as medidas estão a proibição de se dirigir aos Fóruns do Estado, bem como os sistemas eletrônicos, não poderá ter contato com os demais investigados seja de forma direta ou indiretamente, não poderá sair da Grande Vitória sem prévia autorização, tendo que estar em casa de 20h às 6h e suspensão do porte de arma.
Relembre o caso
Dois juízes foram alvo de uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), na manhã do dia 1º de agosto deste ano, que investigava a prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Um dos magistrados foi conduzido ao presídio no Quartel do Comando-Geral (QCG) Polícia Militar, em Maruípe, Vitória, enquanto que o segundo recebeu tornozeleira eletrônica.
Segundo o MPES, a operação "Follow The Money" foi deflagrada pela Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central e Norte), com o apoio da Polícia Militar, contra agentes públicos e particulares envolvidos em possíveis delitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, além de fraude processual e falsidade documental.
No total, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, outros 30 de busca e apreensão, duas ordens de afastamento funcional de agentes públicos e 13 mandados de suspensão do exercício da atividade profissional. O cumprimentos das decisões judiciais ocorre nas residências dos investigados, nos locais de trabalho, em empresas e em repartições públicas.
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