Saiba quem é aluna morta após ser estuprada em calourada
A vítima tinha 21 anos de idade e morreu no sábado (28)
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A estudante de jornalismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Janaína da Silva Bezerra morreu no sábado (28) após ter sido estuprada e ter tido o pescoço quebrado em uma calourada em um prédio da instituição, em Teresina. Um homem que estava com a vítima foi preso suspeito de feminicídio e estupro.
Um laudo do Instituto de Medicina Legal do Piauí apontou indícios de violência sexual e que a causa da morte foi um "trauma raquimedular [lesão na medula] por ação contundente".
Segundo reportagem do UOL publicada nesta segunda-feira (30), Janaína foi a primeira pessoa da sua família a entrar em uma faculdade e tinha o sonho de trabalhar na televisão.
A jovem de 21 anos entrou a faculdade em 2020 e ainda tinha mais dois anos de graduação pela frente. Ainda de acordo com a reportagem, ela chegou a vender bolos de pote para poder comprar um computador e estudar.
A irmã da vítima, Janiele Silva, conta alguns sonhos que Janaína tinha e que foram interrompidos de forma brutal. "Ela já se apresentou em rádio. Também tinha o sonho de escrever um livro. O que ela queria mesmo era ser jornalista", disse ao UOL.
LAUDO MÉDICO
Segundo o laudo do Instituto de Medicina Legal do Piauí, Janaína teve uma contusão na coluna vertebral, o que causou a lesão da medula espinhal e a morte.
De acordo com a médica legista, a lesão pode ter sido causada por pancada, que teria torcido ou traumatizado a coluna vertebral.
Uma das possibilidades investigadas é a ação das mãos no pescoço da vítima "com intuito de matar ou fazer asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas"
Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito afirmou que conhecia a vítima e que teriam "ficado" em outras ocasiões.
Segundo a polícia, ele disse ainda que ambos estavam em uma calourada na UFPI e que, por volta das 2h, teria convidado a jovem para ir a um corredor. Em seguida, foram a uma das salas de aula onde, segundo depoimento do suspeito, "praticaram sexo consensual e que após a prática sexual a vítima teria ficado desacordada".
Ele alega que permaneceu ao lado do corpo da vítima durante a madrugada e solicitou socorro à segurança da universidade por volta das 9h, que conduziu a vítima ao Hospital da Primavera, onde foi constatada a morte.
O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Baretta, afirma se tratar de estupro.
A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito. Segundo o DHPP, o inquérito policial será concluído em até dez dias.
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