“Qualquer pena será pouco”, diz família de Kauã
"Agora, só temos a agradecer por esse momento, em que minha mãe poderá colocar a cabeça no travesseiro novamente."
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“Que os anjos Kauã e Joaquim possam sempre estar olhando por todos nós”. Foi assim que o comerciante Rainy Butkovsky, 36, terminou a oração de um Pai Nosso, abraçado a familiares, após o julgamento de Georgeval Alves Gonçalves, em Linhares, na noite de ontem.
Para ele, a espera de cinco anos por justiça enfim chegou ao fim. “Foram 146 anos. Qualquer pena será pouco para o que ele fez, mas a justiça da Terra foi feita. Sempre confiamos em Deus. Agora, só temos a agradecer por esse momento, em que minha mãe poderá colocar a cabeça no travesseiro novamente. Isso nos traz um pouco de conforto”.
Ele ainda comentou sobre os dois dias de julgamento. “Foi bem desgastante ver cenas do que aconteceu com o meu filho. São pontos que machuca o nosso coração”.
Daqui para frente, Rainy destacou que a vida continua, mesmo triste por não ter Kauã.
“Ele continuará sempre em nossas orações, como está há cinco anos. Mas só tenho a agradecer a todos nesse momento, por todo o suporte”.
Ele citou o trabalho, principalmente, da acusação e dos policiais e peritos que atuaram no caso.
A avó de Kauã, Marlúcia Aparecida Butkovsky, de 61 anos, também contou sobre o momento, após tanto sofrimento e espera.
“Eu tive febre ontem o dia inteiro, mas graças a Deus hoje já levantei muito melhor. Deus fez eu vir para poder estar aqui para presenciar essa vitória”.
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Ela ainda falou sobre a chuva, que caía em Linhares à noite.
“Olha só, a chuva de bênçãos que está caindo agora do céu. São Kauã e Joaquim agradecendo por todos que lutaram pela justiça. Contra tudo o que aquele monstro fez com aquelas duas crianças. Elas não mereciam nada daquilo e nenhuma criança merece sofrer”.
Marlúcia ainda agradeceu a todas as orações que chegaram até a família.
“Eu falei que eu não me calaria enquanto eu não visse a justiça pelo meu neto Kauã. Quero agradecer a todo o povo de Linhares e a todos que oraram por nós, porque se hoje estamos aqui de pé é porque a oração chegou até nós, nos dando força”.
A avó, durante alguns momentos do julgamento, se emocionou.
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