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Polícia

Quadrilha usou loja, apartamentos e até igreja para “lavar” R$ 22 milhões


Imagem ilustrativa da imagem Quadrilha usou loja, apartamentos e até igreja para “lavar” R$ 22 milhões
Bairro da Penha, em Vitória, onde o Primeiro Comando da Capital (PCV) tem sua base principal de atuação |  Foto: Leone Iglesias - 15/02/2020

Apontada pela polícia como uma das organizações criminosas mais perigosas e poderosas do Estado, o Primeiro Comando da Capital (PCV), que tem sua base principal no Bairro da Penha, em Vitória, movimentou, com o tráfico de drogas, mais de R$ 22 milhões em nove anos.

Para esconder a origem do dinheiro ilícito, além da compra de apartamentos, carros e lotes em nome de terceiros, o grupo ainda usou uma loja infantil e até uma igreja para lavar dinheiro.

O valor lavado pode ser ainda maior, considerando que apenas 12 pessoas, das 20 que foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado (MPES) por envolvimento no esquema, tiveram suas contas verificadas durante a investigação.

Entre os bandidos que fazem parte dessa facção está Carlos Alberto Furtado da Silva, o “Beto”, que está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Além dele, outras 19 pessoas, incluindo Fernando Moraes Pereira Pimenta, vulgo “Marujo” – foragido da Justiça – , a mulher, sogra e cunhada de Beto, também estão envolvidas no grupo.

De acordo com o MPES, pelas mãos de Beto saem a estratégia do domínio dos pontos e da distribuição das drogas. Já a mulher dele é responsável pela gestão financeira do que foi arrecadado com a venda das drogas.

Essa parceria rendeu bons frutos para o grupo, nos últimos nove anos. Movimentação foi superior a R$ 22 milhões. Os números foram levantados pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPES.

“Temos evidências de que esse grupo tem uma atuação regionalizada no Bairro da Penha, com crimes praticados em vários locais e, segundo a investigação, movimenta um volume de dinheiro bem expressivo com a lavagem de dinheiro”, afirmou um dos promotores do caso, que pediu para não ser identificado.

O recurso ganhava ares de legal na compra de imóveis e veículos, sempre pagos em dinheiro. Ainda na Serra, uma loja de roupas infantis servia para esconder os altos valores arrecadados com a venda de drogas. Investigações apontam que o tráfico também alugou um imóvel para uma igreja.


Saiba mais


Cúpula conta com 20 criminosos

Operação

  • Realizadas pelo MPES e pela Polícia Civil, as operações Armístico e Capital apontaram que a facção Primeiro Comando da Capital (PCV) movimentou mais de R$ 22 milhões em nove anos com o tráfico de drogas.
  • O número pode ser ainda maior, visto que apenas 12 das 20 pessoas envolvidas no esquema tiveram suas contas bancárias confiscadas, segundo o MPES.

Como funcionava

  • Liderado por Carlos Alberto Furtado da Silva, o “Beto”, que está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, e da mulher dele, o grupo utilizava contas bancárias de familiares e amigos, empresas e até igreja para ocultar a origem do dinheiro, feito com o tráfico de drogas.

Compra de bens

  • Só de apartamentos, lotes e carros, a organização movimentou mais de R$ 1 milhão, que eram pagos em espécie e por transferências bancárias, no período de nove anos
  • Para despistar a polícia, os líderes da facção compravam os imóveis em nome de terceiros

Igreja

  • Um lote, no valor de R$ 60 mil, foi comprado. Uma igreja funciona no local.
  • Investigações apontam que o tráfico recebe aluguel por sua utilização.

Hierarquia

  • Segundo o MPES, 20 pessoas fazem parte dessa cúpula.
  • Beto é quem lidera o grupo, mas sua responsabilidade é com a estratégia do domínio e logística de distribuição das drogas.
  • Toda a parte financeira é chefiada por sua mulher.
  • Quem faz o serviço de gerente na arrecadação dos valores, transporte e pagamentos é “Marujo”.
  • Os nomes das outras 18 pessoas envolvidas não foram divulgados porque elas ainda respondem ao processo em liberdade.

Fonte: Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

Chefão mandou que roubos parassem

Imagem ilustrativa da imagem Quadrilha usou loja, apartamentos e até igreja para “lavar” R$ 22 milhões
Print da conversa de Marujo com Beto, líderes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCV), que atua em Vitória e outras cidades |  Foto: Divulgação/MPES

Até uma igreja foi usada pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCV) para despistar a polícia. De acordo com o Ministério Público, só o lote onde o monumento está instalado custou para a facção R$ 60 mil, que foram pagos em espécie para o proprietário.

No local, foi construído um prédio que, segundo fontes ligadas às investigações, foi alugado para uma igreja evangélica. A compra do imóvel foi citada por Marujo, em julho de 2019, em uma mensagem enviada a Beto. A mensagem foi interceptada durante uma das fases da Operação Armistício.

“O corre dos R$ 70 mil aceitamos os R$ 10 mil e topamos os R$ 60 mil que vai ser comprado a igreja”, disse o bandido em um dos trechos.

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