Professora morta na Austrália conheceu suspeito em Vila Velha
Catiúscia Machado, encontrada morta dentro de banheira, conheceu Diogo de Oliveira em barzinho, no ano passado
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A professora brasileira Catiúscia Machado, de 43 anos, encontrada morta na Austrália, no último sábado (25), conheceu o namorado, principal suspeito do crime, em Vila Velha, onde ela morava.
A informação foi confirmada pela mãe da vítima, Eliaide Machado, de 75 anos, em entrevista à reportagem de A Tribuna, na tarde de terça-feira (28).
Emocionada, a mãe da professora contou que já sentia que o pior pudesse acontecer, já que não sentia verdade no olhar do genro.
“Eu nunca conseguia falar com ele olhando nos olhos e isso me incomodava. Para mim isso dizia que ele era uma pessoa falsa. Desde o primeiro dia que eu o vi, sentia que minha filha estava correndo perigo”, revelou a pensionista.
A mãe da professora disse ainda que tentou, por diversas vezes, alertar a filha sobre o namorado, mas por estar apaixonada, a mulher não se importava.
“Quando ela foi para a Austrália, então, eu lutei para ela não viajar com ele, mas não teve jeito. Sempre falava com ela”, disse.
Eliaide ainda falou sobre o momento de fragilidade que a filha passava quando conheceu o suspeito. “Ela tinha acabado de ficar viúva, pois tinha perdido o marido em um acidente. Esse homem se aproveitou desse momento para enganá-la”.
De acordo com a família, Catiúscia, que morava inicialmente no Rio Grande do Sul, veio para o Espírito Santo em março de 2022, ao passar em um concurso público.
Ela conheceu o namorado, identificado pela polícia como Diogo de Oliveira, de 40 anos, em um barzinho de Vila Velha, e depois eles começaram a namorar.
Em março deste ano, o casal foi para a Austrália, onde iria estudar inglês. No último sábado (25), a mãe, que tinha o costume de falar com a filha, estranhou que ela não respondia suas mensagens.
Ao voltar da igreja, por volta de 1 hora, recebeu uma ligação da polícia australiana informando que a filha havia sido encontrada morta dentro da banheira do apartamento onde ela morava com o namorado.
Os investigadores contaram para os familiares que o corpo da professora estava coberto de gelo. Vizinhos ouviram os gritos horas antes, acionaram a polícia e o namorado foi preso como o principal suspeito do crime. Ele vai continuar na cadeia até janeiro, quando acontece uma audiência.
Vaquinha para trazer corpo ao País
Para custear o traslado do corpo da professora Catiúscia Machado, de 43 anos, encontrada morta dentro da banheira do apartamento onde morava com o namorado, em Sidney, na Austrália, a família da vítima pensa em fazer uma vaquinha on-line.
Segundo a família, o corpo só deve ser liberado para o Brasil em pelo menos uma semana, até que todos os exames necessários para ajudar nas investigações sejam feitos.
Quando liberado, a família vai precisar custear o transporte.
“Alguns brasileiros que estão na Austrália sugeriram fazer a vaquinha para ajudar nesses custos, já que não temos condições de pagar por esse transporte”, disse o irmão da professora, o comerciante Marcos Vinicius Machado, de 37 anos.
Ele contou que a família é de Canoas, no Rio Grande do Sul, e que a irmã veio para o Espírito Santo após passar em um concurso público.
Sobre o namorado da professora, Marcos disse que esteve com o casal em outubro e que não percebeu qualquer atitude agressiva no homem.
“Ele a tratava muito bem perto da gente. Se eu soubesse que ele era isso... Sinto raiva, dor, tristeza”, lamentou o irmão da vítima.
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