Professor é preso em operação da Polícia Civil contra pornografia infantil no ES
Ele é suspeito de compartilhar o material de abuso sexual na internet
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Um professor, de 34 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Civil, na última quinta-feira (25), suspeito de armazenar e compartilhar conteúdos de abuso e exploração sexual infantil na internet.
A ação aconteceu na casa do homem, no bairro Central Carapina, na Serra, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).
As investigações começaram em novembro do ano passado quando a polícia foi informada por um órgão internacional responsável por monitorar materiais relacionados à pedofilia que circulam na internet.
Segundo o delegado Brenno Andrade, empresas como o Google, Microsoft e Instagram comunicam esse órgão não governamental sobre a circulação desse tipo de conteúdo e a informação é repassada para o respectivo país.
No Brasil, a Polícia Federal é responsável por receber essa documentação desse órgão internacional e faz a distribuição das denúncias aos estados. A Polícia Civil do Espírito Santo recebeu a informação em novembro do ano passado e iniciou a investigação.
"Identificamos o indivíduo como morador do bairro Central Carapina, na Serra. Em função disso, representamos ao Poder Judiciário e cumprimos o mandado de busca e apreensão na última quinta-feira na residência dele", explicou Brenno Andrade, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).
Durante as buscas, a polícia encontrou material pornográfico com conteúdo de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes nos dispositivos eletrônicos do suspeito. "Em função disso foi dada voz de prisão em flagrante a este indivíduo", contou o delegado.
Além de ser professor no município da Serra, o homem alegou que é estudante da Ufes no curso de Letras. Ele homem foi conduzido à unidade da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) e pode pegar até 10 anos de reclusão.
NOVA LEI
O delegado destacou que esta foi a primeira operação da Polícia Civil com base na nova lei que trata o armazenamento e a posse de material de abuso e exploração sexual infantil como crime hediondo de acordo com artigo 241-B do Código Penal.
"Ou seja, o indivíduo não pode pagar uma fiança, como acontecia antigamente, e ser colocado em liberdade. Agora ele é encaminhado para audiência de custódia e fica à disposição da Justiça", explicou Brenno.
Essa mesma lei criou no Brasil o crime de bullying e de cyber bullying (bullying cometido pela internet). "Falávamos muito sobre esse tipo de situação mas até então não era crime oficialmente no Brasil", completou o delegado.
Com a nova lei, a pessoa suspeita de cometer esses crimes será investigada e punida de acordo com a legislação, podendo receber pena de dois a quatro anos pelo armazenamento desse conteúdo ou até 10 anos caso também tenha compartilhado este material.
AVISO AOS PAIS
Brenno também aproveitou para alertar aos pais sobre mudanças de comportamento dos filhos. "Temos vistos crianças e adolescentes conversando com estranhos nesses jogos online, acontece muito nesses bate-papos. A Polícia Civil recebe muito esse tipo de denúncia".
Caso os pais desconfiem de que o filho seja vítima desse tipo de crime, o delegado orienta que os pais comuniquem a polícia e registrem boletim de ocorrência, apresentando possíveis provas para que o criminoso possa ser identificado pela polícia e preso.
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