Policial Militar é preso durante operação contra o tráfico de drogas
Maurício Simonassi de Andrade é acusado de passar informações sigilosas para os traficantes
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Ao todo 14 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado após a polícia concluir as investigações da Operação Killers, que teve como objetivo desmantelar uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas no município de Cariacica.
Um policial militar é um dos envolvidos preso durante as ações. Ele é acusado de repassar informações estratégicas aos traficantes. De acordo com a polícia, o líder da organização criminosa, Adair Fernandes da Silva, vulgo Dadá, chegava a movimentar R$ 5 milhões por mês com o tráfico, fornecendo os entorpecentes para cidades como Serra e Vitória, além de Cariacica.
O esquema de vendas de drogas contava com a participação do policial Maurício Simonassi de Andrade, que fornecia informações sigilosas, incluindo rotas de patrulhamento e horários, permitindo que a organização não fosse pega em operações policias. Em troca, o policial recebia pagamentos de Dadá, estimados em 5 mil reais mensais.
Dadá é apontado como um dos principais traficantes de Flexal e está preso desde 2024. Após sua prisão, Gideon da Silva Jorge assumiu a liderança do grupo investigado. Ele foi morto no último domingo (12) ao entrar em confronto com a polícia.
VENDA DE DROGASDe acordo com informações do Tribuna Notícias, o grupo comprava drogas em Paraisópolis, São Paulo. A polícia descobriu que eram transportados regulamente 100 kg de crack até Flexal, onde a droga era triturada e misturada com outras substâncias.
Os traficantes chegavam a usar uma piscina para depositar o crack e misturar com pó de mármore, ácido bórico e medicamentos para dar volume e vender como cocaína, ação nomeada como "pó-virado".
"A cocaína em si é muito cara [...] então eles usam o crack, que é um derivado da cocaína, misturam isso com outros elementos para fazer o pó virado e vender aos usuários", explicou o delegado Alan Moreno.
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