Polícia investiga assassinato de cinegrafista dentro de distribuidora na Serra
Leonardo Vieira, de 34 anos, foi assassinado a tiros. Ele trabalhava filmando missas em igreja na Praia da Costa e eventos
Escute essa reportagem
O cinegrafista Leonardo Vieira, 34 anos, foi assassinado a tiros dentro de uma distribuidora de bebidas na última sexta-feira (28) no bairro Novo Horizonte, na Serra. O estabelecimento fica na avenida Brasil. A motivação do crime é um mistério.
Câmeras de segurança flagraram o momento do crime. Nas imagens, é possível ver que o suspeito entra na loja e depois sai dos fundos do estabelecimento em direção à vítima, que está encostada no balcão.
O suspeito ataca a vítima pelas costas e, mesmo com o homem caído no chão, após ser atingido na cabeça, continua atirando. Um outro homem, que estava no local, sai correndo assustado.
Em nota, a Polícia Militar disse que buscas foram realizadas, mas nenhum suspeito foi detido até o fechamento desta matéria. A perícia foi acionada e a ocorrência encaminhada à Polícia Civil para investigação.
A Polícia Civil informa, também através de nota, que o caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra. Os detalhes da investigação não serão divulgados, por enquanto.
O cinegrafista prestava serviços para a Paróquia Bom Pastor da Praia da Costa.
O padre da paróquia, Edemar Endringer, lamenta a perda do cinegrafista. “Ele era um excelente profissional. Sempre estava presente nas missas de sábados e domingos”, frisou.
Leonardo Vieira trabalhava no programa “Circulando com Lu Lima”, da Rede Tribuna. A jornalista lamenta a perda do colega de trabalho.
“Ele era um profissional muito dedicado. Estava sempre alegre nas gravações, de bem com a vida. Não víamos ele reclamar de nada. Na última mensagem que enviei para ele, elogiei o trabalho excepcional dele”, destaca.
O editor e amigo íntimo do cinegrafista Cristiano dos Santos, de 40 anos, disse que ele amava o trabalho.
“Ele era uma pessoa tranquila, e não tinha desentendimento algum com ninguém. Sempre me contava assuntos pessoais. Estou muito triste pela perda de meu amigo”, afirmou.
Cristiano ressaltou que Leonardo era viciado em trabalho. “Ele trabalhava de domingo a domingo. Folgava sempre na sexta-feira. Aos sábados e domingos, ele gravava as missas da Paróquia Bom Pastor”, relatou.
Kelly da Costa Lima, ex-mulher de Leonardo
“Ele era um bom pai para a filha”
A assistente administrativo Kelly da Costa Lima, de 41 anos, ex-companheira, ressalta que o cinegrafista não tinha desentendimento com ninguém. Ele deixa a filha única Letícia Lima Vieira, de seis anos, fruto de um relacionamento que durou cerca de 11 anos.
- A Tribuna: Como era o relacionamento dele com a filha?
Kelly Lima: Ele era um bom pai para a filha. Os dois eram muito apegados. Ele tinha um bom relacionamento com a filha. Além de trabalhar bastante, ele conseguia ser um pai presente na vida da minha filha.
- Como foi dar a notícia para a sua filha?
Foi muito difícil. Tenho buscado forças para me manter de pé para cuidar da minha filha, pois daqui para frente eu vou ser pai e mãe dela.
- Qual foi a última vez que Letícia viu o pai ?
No dia 12 de outubro, ele fez aniversário e viajou com a filha. Faz uma semana que não o vejo.
- Ele teve recentemente algum desentendimento com alguém?
Não, porque ele trabalhava muito. Ele só vivia para o trabalho. No dia que aconteceu o crime, o carro dele estava ligado, ele só ia pegar cerveja e iria embora logo em seguida.
Não entendo porque aconteceu isso com ele, pois ele não tinha inimigos e nem desavenças com ninguém. Estamos aguardando que a justiça seja feita!
Comentários