Polícia diz que motorista que matou ciclista bebeu vodca e cerveja
Segundo imagens de videomonitoramento, a motorista ingeriu 23 goles de cerveja e 20 goles de vodca
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A motorista investigada por atropelar e matar a ciclista Luisa da Silva Lopes, de 24 anos, bebeu cerveja e vodca em um bar antes do acidente. A informação foi divulgada pela polícia, que após a conclusão do inquérito, pediu a prisão preventiva da correta de imóveis Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos.
Luísa, que era universitária e modelo, foi atropelada pelo Ônix branco, conduzido por Adriana, na noite de 15 de abril, quando atravessava a avenida Dante Michelini, na altura do bairro Jardim da Penha, em Vitória. A conclusão do inquérito foi feita na última terça-feira (04).
Os investigadores apuraram que a corretora de imóveis esteve em um restaurante localizado no bairro Jardim Camburi, em Vitória, onde consumiu cerveja. Na sequência, assumiu a direção do veículo e se dirigiu a um bar no bairro Praia do Canto, onde bebeu cerveja e vodca.
"Analisando as imagens de vídeo monitoramento do segundo estabelecimento, a Polícia Civil constatou que, apenas neste local, a motorista ingeriu 23 goles de cerveja, adquirida por ela, e 20 goles de vodca, fornecida por outro cliente do bar para ela. Ao sair do estabelecimento, ela assumiu novamente a direção do veículo e, na Avenida Dante Micheline, cometeu o crime", informou a Polícia Civil.
Segundo a polícia, a motorista do veículo que atropelou Luisa foi indiciada pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado, por perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima na modalidade de dolo eventual, evidenciado principalmente pelo estado de embriaguez, velocidade e indiferença da indiciada com os fatos.
O delegado responsável pelo caso representou pela prisão preventiva da indiciada e pela suspensão do seu direito de dirigir.
De acordo com o Inquérito Policial, Adriana, após ingerir remédio de uso controlado e bebida alcoólica, assumiu a direção do veículo e, no momento em que trafegava pela Avenida Dante Micheline, em excesso de velocidade, colidiu contra a bicicleta conduzida pela vítima, que foi projetada contra o veículo, lançada para o alto e, na sequência, projetada contra a via, vindo a óbito.
Durante a investigação, foram ouvidas testemunhas, além de analisados documentos e imagens de vídeo monitoramento, reproduzindo a sequência de fatos daquela noite.
A equipe da Delegacia de Delitos de Trânsito também teve acesso a imagens registradas no local do fato, que mostram que a vítima iniciou a travessia da via na faixa de pedestres, porém, um segundo antes do atropelamento, ela desviou a bicicleta para o lado direito, saindo momentaneamente da faixa. Os investigadores acreditam que isso foi um ato de reflexo, ao ver o veículo se aproximando.
"Na análise dessas mesmas imagens, a equipe da DDT constatou que o semáforo se encontrava verde para o veículo, entretanto, tal fato não exime a motorista de sua responsabilidade", explica a polícia.
Após o atropelamento, a condutora do veículo se recusou a fazer o teste do bafômetro e alegou para policiais militares que estava sob efeito de medicamentos de uso controlado. Na ocasião, ela foi conduzida para a 1ª Delegacia Regional de Vitória onde foi autuada em flagrante pelo crime de embriaguez ao volante e encaminhada ao Centro de Triagem de Viana (CTV), sendo liberada posteriormente após recolhimento de fiança.
A conclusão do inquérito e representação pela prisão preventiva foram encaminhadas na última quarta-feira (5) para o Ministério Público do Espírito Santo (PMES).
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