Polícia descobre fábrica clandestina de armas de fogo em Cariacica
Local foi desarticulado e duas pessoas foram presas em flagrante durante ação policial
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Uma fábrica clandestina que produzia armas de fogo foi alvo de uma operação da Polícia Civil nessa quarta-feira (20), na zona rural de Cariacica. A empresa comercializava as armas para o crime organizado de toda a Grande Vitória e foi descoberta após uma denúncia.
A ação policial cumpriu sete mandados de busca e apreensão e duas pessoas foram detidas em flagrante. No local, foram apreendidos diversos insumos para fabricação dos armamentos, além de armas de fogo já prontas e munições.
A polícia estima que mais de 50 armas tenham sido produzidas na fábrica, que funcionava em um sítio localizado entre os bairros Vila Progresso e Nova Rosa da Penha, em Cariacica.
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No local foram encontradas diversas máquinas e equipamentos, utilizados para a fabricação do material. “Eles compravam a matéria prima, faziam as medições, todo o trabalho de usinagem, de furação e produziam essas armas de fogo e depois comercializavam”, afirmou o delegado Daniel Belchior, titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme).
De acordo com o delegado, as armas eram comercializadas para o crime organizado de toda a Grande Vitória. "Indícios apontam também lavagem de dinheiro decorrente da comercialização dessas armas de fogo”, completou.
Durante a ação, dois homens foram presos em flagrante. Um deles confessou que fabricava as armas, mas negou a comercialização. Já o outro, alegou que tinha conhecimento da fabricação, mas não tinha participação.
“No entanto todos os indícios colhidos ao longo da investigação e durante a operação confirmaram, na verdade, que ambos participaram ativamente dessa fabricação de arma de fogo”, confirmou Belchior.
Segundo ele, os homens tinham conhecimento sobre usinagem e formação em áreas de construção, além de alegarem ter aprendido a fabricar o armamento em vídeos na internet.
De acordo com a polícia, as investigações começaram após denúncias, há cerca de sete meses. O local demorou a ser encontrado por causa da localização na zona rural, sendo preciso a ajuda de drones e outras inteligências policiais.
Essa foi a primeira etapa da Operação, intitulada "Legado Armeria". Uma segunda etapa deve identificar e responsabilizar pessoas que estavam comercializando essas armas de fogo fabricadas no local.
Veja imagens da fábrica clandestina e do material apreendido:
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