Polícia conclui inquérito de homicídio e descobre mandante de ataques em Vila Velha
Investigações apontaram a participação de cinco pessoas na morte de João Vitor Alves Pereira
A Polícia Civil concluiu as investigações do homicídio de João Vitor Alves Pereira, de 20 anos, ocorrido no dia 1º de junho, no bairro Jaburuna, em Vila Velha. Quatro pessoas foram apontadas como participantes no crime e o mandante do ataque foi identificado, sendo ele o líder do grupo criminoso TCP, atualmente preso no Rio de Janeiro.
O adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Adriano Fernandes, detalhou o crime durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (24). De acordo com ele, a vítima tinha passagens pela polícia, inclusive com mandado de prisão em aberto, e era integrante de uma facção criminosa rival, que comanda o tráfico de drogas na região de Jaburuna.
Logo após o crime, a polícia conseguiu informações sobre os executores, que aparecem em imagens. Dois deles foram presos em flagrante: Marcos Gabriel Teixeira de Andrade, vulgo GB, e João Soares Neto, vulgo Netinho. "Durante a prisão eles identificaram uma residência lá em cima do morro, que servia de suporte, de apoio, para que esses indivíduos dessa facção rival efetuassem esses ataques para tentar tomar essa região do Jaburuna, que era comandada pela facção rival", detalhou o delegado.
Diante da informação, a polícia foi até essa residência, onde não havia ninguém, mas foram apreendidas uma espingarda calibre .12 mm, além de carregadores e munições de fuzil. "Isso mostra o forte armamento que essa facção tem", destacou Adriano.
Em continuação das investigações, a polícia buscou identificar os outros suspeitos de participarem do crime. Um terceiro suspeito que também passava nas imagens, portando uma arma, momentos antes do crime, foi identificado como Nicolas Azevedo Soares, conhecido como Oliveira. Ele foi morto uma semana depois do crime, no bairro Olaria. "Estamos concluindo este inquérito também, mas a motivação está relacionada a essa guerra das facções, como uma retaliação do acontecido uma semana antes", adiantou o delegado.
Um quarto envolvido, João Vitor dos Santos Antunes, não teve participação direta na execução, mas atuava nos ataques prestando auxílio e deu fuga aos envolvidos, segundo a polícia. "Ele fomentava essa atuação, levava o armamento para que os autores do crime efetuassem os ataques", afirmou Adriano.
Além deles, a polícia descobriu a autoria das ordens de ataques, que viria do líder da facção TCP na região conhecida como 'Favelinha do Ibes'. "Um mês antes do crime houve dois outros homicídios na região motivados pela guerra das facções. Todos esses ataques, a gente concluiu na investigação, que foram ordenados pelo indivíduo que está preso atualmente no Rio de Janeiro. Trata-se do Luan Resende, conhecido como Luanzinho", revelou o delegado.
"Conseguimos elementos de informação que comprovam que ele teve atuação direta nesses ataques, ordenando esses ataques e também financiava todo esse armamento que era utilizado nesses ataques", completou Adriano.
A polícia concluiu as investigações do caso e os quatro indivíduos identificados já foram indiciados, sendo eles Marcos Gabriel e João Soares, presos em flagrante, Luan Resende, preso no Rio de Janeiro e João dos Santos, que permanece foragido.
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