Polícia caça abusador que ataca de bicicleta
Além de passar a mão em uma moradora do Bairro República, em Vitória, Matheus dos Santos é suspeito de roubo e tráfico de droga
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As polícias Civil e Militar identificaram o principal suspeito de importunar sexualmente uma assistente social em uma rua do Bairro República, em Vitória. Policiais foram à casa do suspeito, mas o homem fugiu ao avistar os militares e não foi detido até o momento.
A mulher disse que teve medo no momento em que foi surpreendida com o toque em suas partes íntimas.
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Para a reportagem da TV Tribuna/SBT, a mulher, que preferiu não se identificar, relatou o ocorrido. “Eu estava caminhando e, de repente, fui surpreendida por este homem. Eu fiquei com muito medo. Mesmo depois de seguir em frente, ele continuou falando comigo, dizendo palavras de baixo calão e que me levaria para a sua casa”, contou.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o delegado responsável pelo 8º Distrito Policial (DP) de Goiabeiras, Isaias Tadeu, informou que policiais foram à casa do suspeito, mas não conseguiram prendê-lo.
“A Polícia Militar recebeu a denúncia da importunação sexual e, por meio das imagens, conseguiu identificar o suspeito Matheus dos Santos Vasconcelos. Os policiais verificaram que ele possui envolvimento com roubo e tráfico de drogas. O suspeito, ao avistar os policiais, fugiu”, relata.
A chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher Claudia Dematté disse que crimes contra a dignidade das mulheres, infelizmente, ainda acontecem em pleno século 21.
“É assustador que mulheres sejam violentadas com toques nas partes íntimas sem a permissão, nas ruas, a caminho do trabalho, em atividades cotidianas, como por exemplo ao pegar um ônibus. Infelizmente, isso ainda é fruto de um machismo estrutural da sociedade, em que homens objetificam os corpos das mulheres”, relata.
A advogada Silvia Hansen, secretária-geral adjunta da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES), explica que o crime de importunação sexual foi colocado no Código Penal há pouco tempo.
“Até hoje o número de mulheres que sofrem esse tipo de crime e não denunciam ainda é alto por diversos motivos. Um deles é porque, até um tempo atrás, isso era considerado 'normal'. Em 2023, alguns homens ainda veem o corpo da mulher como objeto sexual.
Silvia ressalta que é importante que as mulheres denunciem para que a atitude não seja banalizada, não se torne natural e para que o criminoso não fique impune, fazendo outras vítimas.
“É sempre bom lembrar: qualquer tipo de relação íntima tem de ser consentida”, finaliza a advogada.
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