X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Polícia

Pais mudam de casa para fugir da violência de filhos

Por conta do vício em drogas e as suas consequências, como agressões, familiares buscam outros locais para morar


Imagem ilustrativa da imagem Pais mudam de casa para fugir da violência de filhos
Antônio Vitorio mostra como ficou casa após incêndio: “Queimou tudo dentro de casa e não sei o que fazer” |  Foto: Fábio Nunes/AT

“Pais mudam de casa e saem até do País após verem os filhos afogados nas drogas. Depois dos 18 anos, muitos usuários são 'abortados' pela família, que não aguenta mais”. 

A declaração é do psicanalista e doutor em Dependência Química, Francisco Veloso, que tem 45 anos de experiência tratando dependentes químicos.   

Famílias capixabas chegam a buscar refúgio em países como Estados Unidos, Japão e Portugal para não ver mais os filhos no mundo das drogas, segundo o especialista. 

Um dos pacientes de Veloso é um filho que estuprou a própria mãe ao pedir dinheiro para usar drogas. “A mãe contou que se trancou no quarto, mas ele arrebentou a porta e pegou no pescoço dela. Após receber R$ 100, saiu, mas no dia seguinte pediu perdão”.

Ainda segundo o especialista, há casos com diferentes níveis sociais. Um outro paciente está entre os melhores atletas de nado livre do Brasil. “Ele foi participar de uma competição em Curitiba (PR), mas após fumar maconha com drogas sintéticas acabou viciado, causou problemas para família e os pais saíram do Brasil”.    

Na noite de terça-feira, em Oriente, Cariacica, o cenário de destruição refletia a tristeza no olhar de Antônio Vitorio Rangel, de 71 anos. Ele perdeu tudo o que tinha após o filho, de 36 anos, atear fogo na casa, com o pai dentro. 

O idoso foi salvo por vizinhos, que encontraram o aposentado no meio das chamas. Por sorte, ele não teve ferimentos. O motivo para o crime ainda é um mistério. A suspeita da família e dos vizinhos é de que o rapaz tenha tido algum surto por ser usuário de drogas.   

“Eu estava bebendo com meu outro filho. Voltei para casa e vi  tudo escuro, achei até que não tinha ninguém. Fui para a cozinha e, quando percebi, ele tinha colocado fogo dentro de casa. Não sei o que passou pela cabeça dele. Ele não falou nada, só colocou fogo no quarto e saiu”, lembrou Antônio. 

As chamas, que começaram no quarto, foram destruindo tudo. “Eu fui pegar meus documentos e os vizinhos começaram a me chamar para sair. Eles pegaram uma mangueira e começaram a apagar o fogo. Depois, os bombeiros e a polícia chegaram”, relatou. 

A polícia foi acionada e o suspeito foi preso.

Vizinhos se assustaram

Após o incêndio que destruiu a casa de Antônio Vitorio Rangel, de 71 anos, vizinhos ficaram assustados. Quando a equipe da PM chegou ao local, o filho, que é atendente, confessou ter acendido o fósforo e começado o incêndio no colchão do quarto. 

 Uma dona de casa, vizinha da família, contou que a parede da sua casa esquentou, assim como o teto. “Para os vizinhos também foi perigoso. Tenho neto pequeno em casa, todo mundo ficou assustado”,  contou a dona de casa, que preferiu não se identificar.

Segundo testemunhas, o atendente, que é usuário de drogas, já brigou algumas vezes com o pai, pedindo dinheiro para sustentar o vício. Os dois moravam juntos na casa. Agora, o aposentado não sabe como vai seguir em frente. “Queimou tudo dentro de casa, só o quarto dos fundos que salvou um pouco. Não sei o que vou fazer, é difícil”, lamentou Antônio.

 Uma vizinha contou que o marido entrou na casa para apagar o fogo e encontrou o idoso. 

“Estava tudo escuro,  ninguém enxergava nada. Quando ligaram a lanterna, viram ele de cócoras no meio do fogo, de cabeça baixa e com medo. Ele disse que não iria sair, mas insistiram. Ele dizia que precisava dar um jeito na vida dele. É duro. Esse filho vivia sozinho com o pai, mas mexia com ‘porcaria’. O pai, coitado, 71 anos, doente. É difícil ser cuidado por uma pessoa assim”, afirmou a vizinha.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: