Operação contra abuso e exploração sexual infantil prende quatro suspeitos no ES
Mais de 4 mil arquivos com pornografia foram encontrados com apenas um dos investigados
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Quatro suspeitos foram presos e mais de 4 mil arquivos de conteúdo de abuso infantil foram apreendidas durante a operação Teseu, da Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), focada no combate ao abuso e exploração sexual infantil.
Durante a ação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em quatro municípios do Espírito Santo. Todos os investigados foram presos em flagrante por armazenar material relacionado à exploração sexual de menores.
A primeira prisão aconteceu em 23 de abril deste ano. Um homem, de 42 anos, foi detido por armazenar, compartilhar e até produzir conteúdo de pornografia infantil. Na época, a polícia descobriu que o suspeito abusava de um adolescente de 12 anos, que ia até sua casa para jogar videogame.
De acordo com novas informações da PC, a mãe do menino disse que é diarista e trabalhava em dois empregos, sabia que o filho frequentava a casa do vizinho mas nunca desconfiou de nada. A vítima, inclusive, mantinha um vínculo com o abusador e o considerava uma figura paterna. À mãe, ele disse que nunca contou o que estava acontecendo por medo e porque queria continuar jogando videogame.
Um auxiliar de serviços gerais, de 28 anos, foi a segunda pessoa presa, em maio, no município de Linhares. Com ele, foram localizados mais de 4 mil fotos e vídeos de pornografia infantil.
No dia 6 de agosto, um jovem de 19 anos foi detido na zona rural de Ponto Belo, na região Norte do ES. O suspeito vendia pacotes de fotos baixadas do aplicativo de mensagem Telegram, e cobrava de R$ 20 a R$ 40.
Durante a prisão, ele alegou que não achou que a polícia o encontraria “naquele fim do mundo”.
A investigação segue para saber quem eram os compradores do conteúdo.
Em 17 de agosto, em Fundão, um homem de 27 anos foi preso. Ele produzia e armazenava fotos da irmã adolescente de uma ex-namorada enquanto ela estava dormindo. Ele alegou que a ex sabia das fotos e as fez porque ela estava recebendo ameaças que diziam ter fotos dela e, para que não fossem divulgadas, deveriam encaminhar fotos de menores de idade.
A polícia descartou essa possibilidade porque nenhuma ameaça ou conteúdo nesse sentido foi encontrado no celular do investigado.
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