O que se sabe sobre a ação que apreendeu cigarros falsificados e malas de dinheiro
Federal encontrou ainda malas de dinheiro e fez 2 prisões, em operação contra falsificação e corrupção que teria envolvido R$ 50 milhões
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A Polícia Federal deflagrou ontem a segunda fase da Operação Sinal de Fumaça, com foco em um esquema criminoso de produção e distribuição clandestina de cigarros que contava com o envolvimento de servidores públicos.
Durante a ação, caixas e malas contendo dinheiro foram apreendidas. Foram recolhidas cédulas de R$ 50, R$ 100 e R$ 200, mas o valor total ainda não foi divulgado pela Policia Federal.
Também foi apreendida uma grande quantidade de cigarros, todos falsificados. Por fim, também foram apreendidos veículos, uma arma de fogo, e munições.
Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em Minas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
Segundo as investigações, o grupo vinha sendo monitorado desde outubro de 2024, quando a primeira fase da operação identificou fábricas clandestinas e rotas de distribuição.
Nesta segunda fase da operação, os agentes comprovaram que servidores públicos e um profissional liberal recebiam propina para garantir a continuidade das atividades ilegais, oferecendo facilidades fiscais e operacionais ao esquema.
Foi identificada também uma organização que se utiliza de uma rede complexa para a prática dos ilícitos, com membros estrategicamente posicionados para garantir as práticas de fraude e de corrupção, que resultam em sonegação fiscal e posterior lavagem de capitais. O valor estimado da sonegação gira em torno de R$ 50 milhões.
As diligências buscam apreender documentos, equipamentos e bens adquiridos com recursos ilícitos, além de colher provas que possam ampliar a identificação da rede criminosa.
A Polícia Federal não detalhou quais servidores públicos estavam envolvidos e nem de quais estados eles seriam. Também não foi informado o nome dos presos preventivamente.
Crimes
O caso será encaminhado à Justiça Federal, e os investigados poderão responder por crimes como organização criminosa, corrupção ativa e passiva, contrabando e lavagem de dinheiro. As penas podem passar dos 40 anos de prisão.
A operação contou com a participação de 13 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal e 69 policiais federais.
Entenda
Operação Sinal de Fumaça II
As investigações iniciadas em outubro de 2024 comprovaram a produção ilegal de cigarros e a participação de um profissional liberal na obtenção de benefícios ilícitos.
Servidores também são suspeitos de receber vantagens para favorecer o esquema, que operava uma rede estruturada com membros posicionados para cometer crimes fiscais.
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