Morre homem que colocou fogo em 40% do corpo de ex-mulher na Serra
Crime aconteceu em setembro de 2018 e desde então o acusado estava preso
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Morreu no domingo (26), o homem condenado por atear fogo na ex-mulher, deixando sequelas e 40% do corpo da vítima queimado. O crime aconteceu em 8 de setembro de 2018, na Serra, e André Luiz dos Santos foi condenado por tentar matar a diarista Marciane Pereira dos Santos.
André estava preso na Penitenciária Estadual de Vila Velha desde 12 de setembro de 2018. No dia 30 de agosto de 2022 ele foi condenado pela Justiça a 32 anos de prisão. Segundo a Secretaria de Justiça, o interno já estava sendo acompanhado pela equipe de saúde do presídio, e precisou ser internado em um hospital após uma piora no quadro clínico. O detento estava sob cuidados médicos desde o dia 7 de março e morreu neste domingo.
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Na ocasião do crime, André não aceitava o fim do relacionamento com Marciane, que na época tinha 36 anos. Após uma discussão, ele ateou fogo na ex-mulher no prédio onde moravam, no bairro Jardim Tropical, na Serra. Ela precisou ficar cinco meses internada e teve várias paradas cardíacas, além de bactérias resistentes. Marciane também perdeu uma perna, as orelhas e parte do nariz.
NOTÍCIA
Ao receber a notícia da morte do ex-marido, Marciane conta que a preocupação dela foi com a reação do filho, de seis anos. “Ele só me respondeu ‘eu já sabia que meu pai ia morrer’”, contou a dona de casa. Segundo ela, o filho chegou a visitar André na cadeia por diversas vezes. Na época do crime, ele tinha apenas dois anos.
Marciane afirmou que não recebeu maiores informações sobre a causa da morte de seu agressor e que apenas espera continuar vivendo a vida. “Eu tenho que continuar minha vida como tenho feito, infelizmente a dele parou, mas a minha, já que estou viva, é agradecer e cuidar dos meus filhos”, declarou. Ela também é mãe de uma menina, de 10 anos, de um relacionamento anterior ao que teve com André.
Marciane hoje faz palestras sobre o que aconteceu com ela. Onde discursa sobre autoestima e prevenção da violência contra a mulher. Ela afirmou que o importante para as mulheres é que a Justiça seja feita. “Se pelo menos 50% dos homens que agridem mulheres fossem julgados já seria um alívio para as vítimas”, concluiu.
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