“Minha neta disse que o pai é um monstro”, diz mãe de jovem assassinada no ES
Thielly Beneta Grechi, 26, foi morta a tiros dentro de casa, em Atílio Vivácqua, Sul do Espírito Santo
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Ainda sem acreditar que perdeu a filha de forma cruel, a mãe de Thielly Beneta Grechi, 26 anos, morta a tiros no último sábado, diz que não sabe o que vai fazer da vida sem a filha. O principal suspeito do crime é o ex-marido, que não aceitava o fim do relacionamento.
Em uma entrevista concedida à TV Tribuna/SBT, a mãe da jovem contou que as três netas, de 3, 4 e 6 anos, presenciaram o crime e que estão traumatizadas. “Uma delas até falou: 'meu pai é um monstro, ele não é mais o meu pai'”.
E acrescentou: “Minha neta menor disse ainda: ‘Vovó não chama a polícia porque meu pai matou a mamãe e pode te matar'”, contou a mãe da jovem, Daniela Beneta.
A frase foi dita por uma das filhas de Thielly no momento em que Daniela chegou à casa onde a filha morava, em Atílio Vivácqua, no último sábado.
“Quando eu cheguei lá no sábado, vi minha filha morta no chão. A minha netinha pequenininha, de 3 anos, olhou para mim e falou: ‘Vó, meu pai matou minha mãe'. A outra implorou para que eu não chamasse a polícia, com medo dele”.
A mãe da vítima também relatou que, antes de morrer, a filha chegou a implorar para que o suspeito do crime, o ex-marido, não atirasse em sua direção. “A mais velha falou assim: 'Vó, a minha mãe pediu para o meu pai não fazer isso, mas ele matou ela'”.
Segundo a família, Thielly estava separada do ex-marido há 15 dias, com quem viveu um relacionamento de sete anos e teve três filhas. Ela tinha medida protetiva contra o suspeito por violência doméstica. A jovem já tinha voltado a trabalhar, o que antes era impedida de fazer por ele.
“Ela sonhava em fazer faculdade de medicina veterinária, queria viver a vida, mas tomou três tiros nas costas. Ele deu três tiros nas costas dela, na frente de três crianças pequenas”, lamenta aos prantos.
Com medo do que possa fazer o suspeito do crime, que está foragido, a mãe de Thielly fez um pedido à população.
“Peço que não deixem esse homem solto, que denunciem. E peço com o coração sangrando, pois minhas netas estão assustadas.
Em nota, a Polícia Civil disse que o caso está sob investigação da Delegacia de Polícia de Atílio Vivácqua e, para que a investigação seja preservada, demais informações não serão repassadas. Até o fechamento desta edição, ninguém foi preso.
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