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Polícia

Menino deixado em PA de Cariacica morreu por hemorragia no fígado, diz perícia

Lesão teria sido provocada por agressões que Davy Lucas Cândido Rodrigues Pedrosa, de 3 anos, sofreu nas costas. Criança também foi vítima de estupro


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Imagem ilustrativa da imagem Menino deixado em PA de Cariacica morreu por hemorragia no fígado, diz perícia
Perícia encontrou diversas lesões pelo corpo do menino Davy Lucas, de apenas 3 anos |  Foto: Acervo pessoal

A morte do menino Davy Lucas Cândido Rodrigues Pedrosa, de 3 anos, foi causada por uma hemorragia aguda, provocada pelo rompimento do fígado da criança. A conclusão é da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), que deu detalhes nesta quarta-feira (4) sobre a perícia realizada no corpo da criança.

Davy foi deixado morto no Pronto Atendimento (PA) de Alto Lage, em Cariacica, no dia 17 de setembro, pelo padrasto dele, Fábio Santos da Silva, de 29 anos, que está preso.

Segundo a perícia, a lesão no fígado que levou o menino à morte foi provocada possivelmente por agressões que ele sofreu nas costas. Além disso, a vítima apresentava diversas outras lesões pelo corpo, especialmente na cabeça.

"Ao observar o exame externo da criança, a gente pôde ver que foram realizadas múltiplas lesões, em diversos locais do corpo. E uma dessas lesões, ou algumas delas, na região dorsal foi o que culminou na rotura do fígado, que fez com que ele tivesse uma hemorragia interna, o que culminou no óbito", ressaltou o médico-legista da PCIES, Renan Barreto da Silva Caminha.

Os exames no corpo também identificaram que o menino tinha dois ossos do braço esquerdo fraturados. Além disso, apresentava equimoses (manchas causadas por infiltrações de sangue na pele) em diversas partes do corpo e com diferentes colorações, o que indica, segundo a perícia, que Davy já vinha sofrendo agressões por mais tempo.

"O que chamou a atenção foi que essas lesões apresentavam tonalidades diferentes. Isso faz com que a gente tenha segurança em afirmar que essas lesões não ocorreram todas num mesmo dia, mas foi uma situação progressiva. Era algo que vinha acontecendo com ele durante um período de tempo", frisou Renan.

A perícia também constatou a presença de cocaína no sangue de Davy. No entanto, de acordo com o trabalho pericial, a concentração da droga não foi suficiente para causar a morte do menino.

"Nós concluímos que havia cocaína no sangue da criança numa concentração baixa. Quando é encontrada cocaína no sangue, isso significa que o uso foi em pouco tempo, em questão de horas. E essa concentração baixa significa que a causa morte não foi overdose de cocaína", disse a perita Mariana Dadalto Peres, do Laboratório de Toxicologia Forense.

"A presença de cocaína mostra que ele usou. Mas a gente não consegue determinar como foi feito esse uso, se foi ingestão acidental ou se foi dado a ele", completou.

Durante o trabalho pericial realizado na casa da família, no bairro Santa Cecília, em Cariacica, os peritos encontraram uma quantidade de crack espalhada em diversos cômodos da residência.

"O que chamou a atenção no local é que foram encontrados vários fragmentos de substância marrom, parecida com pequenas pedras de crack, que para uma criança poderia parecer bala. Esses materiais foram coletados e encaminhados para o Laboratório de Toxicologia Forense, com resultado positivo para crack", disse o perito Onésio Barbosa, do Departamento de Perícias Externas.

Outra conclusão da perícia foi de que Davy havia sido vítima de estupro. Durante o exame necroscópico no corpo da vítima, foi feita coleta de material na região anal da criança e encaminhado para o Laboratório de Biologia Forense.

Os exames constataram a presença de PSA, uma proteína presente no sêmen que, em grandes quantidades, pode indicar a ocorrência de violência sexual. "Encontramos essa substância na amostra retirada do corpo da criança, por meio de swab (uma espécie de cotonete), o que comprova que a criança sofreu abuso sexual", afirmou a perita Luciana Nogaroli, do Laboratório de Biologia Forense.

Marcas de violência na irmã da vítima

A Polícia Científica também constatou marcas de agressões em várias partes do corpo da irmã de Davy, uma menina de apenas 1 ano. Ela foi encontrada abandonada no meio da rua, no bairro Vila Capixaba, em Cariacica, e precisou ser levada para o Hospital Infantil, em Vitória, onde ficou internada.

"Ela também tinha múltiplas equimoses pelo corpo e também uma lesão de queimadura em uma das mãos", disse Renan.

No entanto, não foram constatados sinais de abuso sexual na criança. "Recebemos material coletado pelo médico legista e, nesse caso, o resultado foi negativo tanto para a presença de espermatozoide quanto para o PSA", ressaltou Luciana.

Mãe de Davy também foi presa

Na terça-feira (3), a Polícia Civil divulgou informações sobre a conclusão do inquérito sobre a morte de Davy. Acusado de ser o autor das agressões e da violência sexual contra o menino, Fábio Santos da Silva foi preso após deixar o menino, já sem vida, no PA de Alto Lage. Ele foi autuado por homicídio qualificado, majorado por envolver vítima menor de 14 anos, estupro de vulnerável e tentativa de homicídio qualificado (contra a irmã da vítima).

Imagem ilustrativa da imagem Menino deixado em PA de Cariacica morreu por hemorragia no fígado, diz perícia
Thaís Cândido Pedrosa e Fábio Santos da Silva foram presos e autuados pela morte do menino |  Foto: Reprodução / TV Tribuna

A mãe de Davy, Thaís Cândido Pedrosa, de 24 anos, que viajava para Rondônia no dia dos fatos, também foi autuada e presa. Segundo a polícia, houve omissão por parte dela ao deixar as duas crianças sob cuidados do padrasto.

Os dois também foram indiciados por tráfico e associação para o tráfico de drogas, envolvendo transporte interestadual de entorpecentes, já que, segundo a polícia, Thaís havia ido para Rondônia, na época, para buscar drogas e trazer para o Espírito Santo. De acordo com as investigações, o casal possui vínculos com o tráfico de drogas do bairro Dom Bosco.

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