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Polícia

Médium é preso acusado de estupro


Foi preso preventivamente, suspeito de estupro de vulnerável, o médium e diretor de uma associação espírita. Ele estava em Catanduva, cidade a 390 km de São Paulo. As informações são do Universa Uol.

A ação aconteceu na última quinta-feira (4), em cumprimento de um mandado de prisão com base em um inquérito da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Ao site, a Polícia Civil informou que o documento tem base na denúncia de uma mulher, que hoje tem 25 anos, de ter sido abusada pelo médium desde a infância.

Após a prisão, a reportagem do Universa descobriu que outras duas mulheres procuraram a delegacia da cidade para denunciar que também teriam sido abusadas pelo suspeito. 

De acordo com a polícia, as investigações começaram depois que uma mãe e sua filha, que seria a vítima, resolveram procurar as autoridades para denunciar o médium. À reportagem, a mulher, que preferiu não se identificar, afirmou que a filha foi abusada por ele dos 3 aos 23 anos

"Ele era uma pessoa considerada de bem e eu jamais desconfiei de qualquer coisa. Minha filha sempre teve muitos problemas psicológicos, era uma menina sem amigos e ficava muito retraída e eu não entendia o motivo. Há um ano ela começou a fazer acompanhamento psicológico e foi depois disso que conseguiu me contar tudo o que havia acontecido durante esses 20 anos", contou a mãe à Universa.

Ainda de acordo com a mãe da jovem, o médium teria dito à menina que os atos faziam parte de processos de cura espiritual. "Ele dizia que precisava fazer aquilo para que ela (a filha) fosse curada, porque havia espíritos ruins tentando influenciá-la", explicou.

A prisão do médium foi realizada por policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Catanduva. Agora, ele está na cadeia da cidade, onde aguarda para ser transferido para o presídio de Céu Azul, no Paraná. 

A Polícia Civil informou que não passaria mais detalhes sobre as investigações porque o caso investiga estupro de vulnerável.

Outro Lado

Em nota enviada à Universa, a defesa do acusado afirmou que as acusações são infundadas e não condizem com a realidade dos fatos. 

"Em relação à prisão, tem-se que, em que pese ele estar preso preventivamente, não há elementos, por ora, que possam imputar a ele a prática de qualquer crime. As acusações que fizeram contra a pessoa (do médium), além de infundadas, não retratam a realidade dos fatos. No deslinde da ação penal, será demonstrado, através de provas documentais e testemunhais que referidas acusações foram realizadas com o objetivo de manchar a reputação dele e do centro espírita", diz o comunicado enviado ao site.

"Por fim, ele e a associação, por meio de seus procuradores, já alertam que, em caso de compartilhamento de mensagens que desmoralizam o médium e associação medida judiciais serão tomadas no âmbito cível e, principalmente, penal", finaliza.

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