Médico veterinário preso já havia sido investigado por maus-tratos em 2017
Na época, a pena não envolvia a prisão de acusados, por isso ele pagou por meio de serviços sociais
O médico veterinário preso na manhã desta quinta-feira (09) já havia sido investigado em 2017 por maus-tratos a animais. Na época, a pena não envolvia a prisão de acusados, por isso ele pagou por meio de serviços sociais.
A clínica funcionava em Pontal das Garças, em Vila Velha. A prisão ocorreu após uma operação, feita pela CPI dos Maus-Tratos Contra os Animais da Assembleia Legislativa, Delegacia de Meio Ambiente da PC, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Vigilância Sanitária, Defesa Civil, Coordenação de Postura e Guarda Municipal de Vila Velha. Foram encontrados dois freezers cheios de, aproximadamente, 17 animais mortos.
Na clínica estavam internados cinco gatos e 11 cachorros. Os tutores dos animais foram acionados e muitos correram para o local para retirar seus bichos de estimação.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado publicou, em nota, que o local tem um história de fiscalizações, sendo que já foram feitas autuações e instaurados processos administrativos.
"Todavia, o Conselho tem atribuição legal apenas para fiscalizar o exercício da profissão, não podendo interditar locais, apreender bens ou prender pessoas. Por essa razão, foi necessária uma ação conjunta com diversos órgãos, que possuem as mais variadas competências, a fim de que o interesse público fosse integralmente resguardado. Isso revela o interesse do Conselho em fiscalizar, de forma segura, a estrutura do local", afirmou por nota.
O profissional ainda possui cinco processos éticos, sendo dois julgados e três que ainda correm sob sigilo.
De acordo com a presidente da CPI dos Maus-Tratos contra Animais, deputada Janete de Sá, será pedido a cassação do registro profissional.
O médico-veterinário foi autuado em flagrante por maus tratos e posteriormente foi encaminhado ao Centro de Triagem. A pena de maus tratos é de 02 a 05 anos.
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