Mais de 300 roubos nas ruas e porta de condomínios em Vitória
Segundo dados da Sesp, só na região da Praia do Canto foram 221 casos. Já Santa Lúcia registrou 64 e Santa Helena, 13
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Os casos envolvendo furtos e roubos de celulares, dinheiro e joias na porta de condomínios dos bairros Praia do Canto, Santa Lúcia e Santa Helena – região escolhida por criminosos para agir na noite de segunda-feira – chamam atenção: apenas em 2022 foram registradas mais de 315 situações.
Os dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) revelam que só na região da Praia do Canto foram 221 casos. Já Santa Lúcia registrou 64 e Santa Helena, 13.
Somente os casos de assaltos, ao todo, foram registrados 270. Já os casos de furto em via pública, 44. O painel da Sesp traz também os dias que esses crimes foram mais cometidos: sábado (54) e domingo (50). O horário com mais casos é a partir das 19 horas.
Capitão da 3ª Cia do 1º Batalhão da Polícia Militar, Luiz Arpini informou que o patrulhamento nessas áreas ocorre de acordo com a demanda de ocorrências, por isso, ele pede que os registros sejam feitos por meio do 190.
“Muitas pessoas não registram ocorrência. A gente precisa que as pessoas façam o registro junto ao 190”, orientou.
Embora os números do ano passado estejam altos, Arpini afirma que os casos registrados no primeiro mês do ano apontam para uma possível queda.
“Do dia 1º de janeiro até o dia 14 de fevereiro foram registrados 4 furtos e 3 roubos. Comparando com esse mesmo período do ano passado, há uma redução. Claro que não deveria existir nenhum”.
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“ANDO COM CELULAR RESERVA”
Com os assaltos em alta na região da Praia do Canto, o médico coloproctologista Tadeu Marcus Barbosa de Menezes, 68 anos, decidiu adotar algumas medidas para sua segurança. Entre elas, não sair de carro à noite e andar com um celular, que, segundo ele, “é do bandido”.
“Eu ando com celular reserva, que não tem aplicativos exatamente por conta da insegurança”, explicou. Ele revelou que não compra mais lanche por aplicativo com receio dos entregadores serem bandidos disfarçados.
“VEJO OS ASSALTOS DA VARANDA”
Temendo ser mais uma vítima de assalto, uma aposentada, de 66 anos, prefere não sair de casa, nem para momentos de lazer. Ela, que mora na Praia do Canto, diz que presencia roubos da janela de sua varanda com frequência. “Estamos reféns, com medo de sair, de abrir a porta. Eu vejo esses criminosos roubando pessoas direto”.
Uma das atitudes que ela tomou para evitar ser assaltada foi se trancar em casa. “Eles nos vigiam para roubar. Eu e meu marido deixamos de sair aos domingos, com medo de sermos assaltados”.
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