Mais de 200 policiais para reforçar a segurança no ES
a Secretaria de Estado de Segurança Pública convocou mais de 200 policiais militares para ficarem à disposição do órgão

Para tentar repelir possíveis ataques de criminosos, a Secretaria de Estado de Segurança Pública convocou mais de 200 policiais militares para ficarem à disposição do órgão, caso seja necessário montar alguma operação de combate ao crime.
A informação foi repassada pelo secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho.
“Temos uma reserva tática da PM com, aproximadamente, 200 policiais da academia da polícia e do administrativo, se houver necessidade. Nós vamos dar o suporte que for necessário, mas o problema não para. Continuamos fazendo a nossa parte, mas não é fácil”, disse o secretário.
Douglas Caus, comandante-geral da Polícia Militar, também falou sobre o policiamento, que foi reforçado desde os tiroteios na região.
Na manhã desta segunda, várias viaturas da PM permaneceram de prontidão nas entradas dos principais morros da capital, principalmente no Jaburu e Gurigica. Uma viatura também foi colocada na frente do prédio onde fica a clínica onde uma pessoa morreu.
“Nós intensificamos o policiamento em toda aquela região. Pegamos agora no Bairro da Penha uma arma e vasta quantidade de drogas. Nós estamos com Batalhão de Missões Especiais, Batalhão de Ações com Cães, Regimento de Polícia Montada e Forças Táticas nos morros, fazendo várias incursões”, disse o comandante.
Segundo ele, no entorno de todo o morro, estão cerca de 30 viaturas em pontos específicos fazendo blitze e abordagem a ônibus e veículos suspeitos. “Este policiamento se manterá até amanhã (terça-feira), podendo ser prorrogado de acordo com as informações que nós formos obtendo do nosso serviço de inteligência”.
Aylton Dadalto, presidente do Conselho Municipal de Segurança Urbana de Vitória (Comsu), conta que uma das ideias debatidas é de que a Polícia Militar e as forças de segurança estão defasadas, e precisam de recomposição de quadro para que possam evoluir junto com a sociedade.
“Ao mesmo tempo, é preciso um trabalho de curto, médio e longo prazo de políticas públicas de atuação nesses locais sensíveis, que têm altos índices de criminalidade, o que inclui obras públicas, intervenções arquitetônicas e políticas que melhorem a qualidade de vida”.
O secretário de Segurança Pública destaca os investimentos feitos pelo governo do Estado, inclusive em tecnologia.
Análise
“Problema não pode ser discutido após o aperto no gatilho”
“É preciso realizar prisões qualificadas, com elementos investigativos consistentes, para que a Justiça possa manter os criminosos atrás das grades.
Apesar de todo o esforço do atual governo, a defasagem nos quadros da Policia Civil é sim um vetor que acaba desencadeando nessas ações criminosas.
Esse quadro de aparente impunidade contribui para uma série de ataques armados de traficantes que estão colocando comunidades inteiras na linha de tiro.
A Secretaria de Segurança Pública está prendendo traficantes perigosos ligados a organizações criminosas, mas eles acabam saindo da prisão.
O problema não pode ser discutido após o aperto no gatilho. Temos que parar de legislar no pânico.
Precisamos discutir segurança pública em conjunto com a sociedade e investir em pessoal para qualificar nossas investigações, dando uma resposta efetiva à sociedade quando esta for vítima de um ato criminoso”, diz Leonardo Costa da Silva, presidente da Comissão Especial de Segurança Pública.
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