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Polícia

Mais de 20 capixabas caem no golpe da falsa festa no ES

Golpista oferecia artigos e serviços para eventos por preços bem abaixo do mercado. Após obter pagamento, não entregava produtos


Imagem ilustrativa da imagem Mais de 20 capixabas caem no golpe da falsa festa no ES
delegado Josafá Silva investigou o criminoso, que foi preso na Bahia e já foi reconduzido para o Espírito Santo. |  Foto: Fábio Nunes/AT

Transformando o sonho de várias pessoas em um verdadeiro pesadelo, um homem, de 30 anos, foi preso após aplicar o golpe da “falsa festa”. Ao todo,  21 capixabas foram vítimas do criminoso. O suspeito, Ademar Novais, foi  preso no último dia 30 de janeiro em uma cidade da Bahia e chegou a faturar cerca de R$ 30 mil com os crimes praticados. 

Para atrair as vítimas,  ele usava redes sociais como  Instagram e Facebook, e oferecia serviços e artigos de festas,  com preços bem menores dos que o de mercado. Depois de receber o pagamento, não entregava os produtos. 

A polícia chegou até o criminoso  depois que várias vítimas começaram a registrar boletins de ocorrência pela internet. Ao perceber que o nome da falsa  empresa que ele tinha estava relacionado a muitos casos,  a equipe do  12º Distrito Policial da Serra decidiu apurar o autor dos golpes.

“Ele anunciava pela internet vendas de serviços de chopeira elétrica, barris de chope, ornamentação de mesa, brinquedos infláveis para criança, tudo para uma festa acontecer”, explicou o titular do 10º e 12º Distrito Policial da Serra, delegado Josafá Silva.

Ele explicou que, ao procurar pelo golpista através dos anúncios, as  pessoas eram direcionadas a  uma conversa pelo WhatsApp, em que o negócio era fechado. 

“Ele fazia o contrato pelo WhatsApp e pedia um sinal ou então o valor integral do serviço, e a pessoa fazia transferência por Pix, inicialmente, em nome de um laranja. Depois, ele passou a usar o nome dele. Assim  que a pessoa pagava, ele bloqueava a vítima”, explicou  Josafá.

Além de causar prejuízo financeiro e psicológico para a maioria das vítimas, o golpista ainda as ameaçava, se passando por policial. “As pessoas com medo não o procuravam mais”, afirmou o delegado. 

Pelos registros, é possível afirmar que o bandido fez vítimas nas cidades de Vitória, Serra, Vila Velha, Serra e Aracruz. 

O delegado alerta para a  importância de se registrar a ocorrência, mesmo que online. “Foi por meio delas que descobrimos que ele estava aplicando esses golpes”, afirmou Josafá. 

O acusado foi autuado pelos crimes de estelionato, ameaça e usurpação de função. Ele foi preso por meio de um mandado de prisão preventiva e foi recambiado do estado da Bahia para um presídio no Espírito Santo.

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DEPOIMENTOS

Ameaças

“Eu não cheguei a cair no golpe da falsa festa. Isso porque eu tinha sido vítima de um outro tipo de crime semelhante, então fiquei mais alerta. 

Ele me cobrou R$ 245 que iam sair do bolso da avó do meu marido, pois era a festa de 15 anos da minha cunhada, e ia parar na conta de terceiros.

Após desconfiar, fui ameaçada pelo golpista, que disse ter o endereço da minha casa. Fiquei  assustada, pois ele afirmou que ia mandar gente atrás de mim”.

Autônoma, de 20 anos

Frustração

“Eu ia fazer o aniversário do meu filho. Paguei uma parte do valor para alugar mesas e cadeiras e até o dia da festa estava tudo certo. Cheguei a indicar a empresa para a minha cunhada, pois eles forneciam vários itens como chope e futebol de salão.

Ele parecia muito profissional, até o contrato ele redigiu com os meus dados, especificou tudo. No fim das contas, nós duas levamos o golpe. A gente se revolta porque  de pouquinho em pouquinho, o golpista fatura bastante”.

Instrutora, de 41 anos

Criminoso se passava por policial e ameaçava vítimas

Assim que bloqueava as vítimas, Ademar Novais,  suspeito de  aplicar o  golpe da falsa festa em pelo menos 21 pessoas no Estado,  ameaçava quem insistisse em procurá-lo para pedir o dinheiro de volta. 

De acordo com a Polícia Civil, para isso, o homem se passava por policial civil. “Algumas pessoas até foram à delegacia para registrar ocorrência de ameaça”, disse o titular do 10º e 12º Distrito Policial da Serra, delegado Josafá Silva.

O delegado contou que o bandido usava  um perfil nas redes sociais que contava, inclusive, com fotos próprias. “Ele usava esse perfil na cara limpa, tanto no Instagram quanto no WhatsApp. Ele fazia até chamada de vídeo”. 

Josafá revelou ainda que cerca de 60% das pessoas que são vítimas de golpes  costumam não registrar ocorrência. 

“Por isso, eu acredito que tenha muito mais vítimas dessa pessoa. Ele vai responder ao crime de estelionato 21 vezes e também por ameaça e usurpação de função”, explicou.

ENTENDA O ESQUEMA

Golpista anunciava serviços na internet

O golpe

O golpista anunciava pela internet serviços de festa, que incluíam mesas, cadeiras, barris de chope, máquinas elétricas de chope, copos, taças, entre outros produtos.

Anúncio 

Para isso, ele criou uma página no Facebook e no Instagram. Lá, ele reportava publicações com os serviços que prestava, feitos por páginas que já existiam. 

Negociação 

Em seguida, quando algum cliente se interessava, o criminoso redirecionava a vítima para uma conversa por WhatsApp, em que negociava o preço. Segundo a polícia, os valores praticados eram bem abaixo dos de mercado. 

Bloqueio

Ao fechar negócio, o golpista enviava um falso contrato com o serviço fornecido e recebia uma entrada via Pix, ou até mesmo o valor total. 

Depois que recebia o dinheiro, o criminoso bloqueava a vítima e desaparecia.

Ameaças 

Com as pessoas que conseguiam contato com o suspeito, ele se passava por policial civil e fazia ameaças, dizendo, inclusive, que cortaria o pescoço da vítima, caso ela voltasse a procurá-lo. 

Polícia 

O caso chegou à polícia, depois que várias pessoas registraram ocorrência. 

Foi aberto um inquérito e, por meio das ações, descobriu-se que o golpista estaria morando em uma cidade da Bahia. Depois foi transferido para um presídio do Espírito Santo. 

Prisão 

Ele foi preso no último dia 30, em uma casa, e vai responder pelos crimes de estelionato, ameaça  e usurpação de função.

Fonte: Polícia Civil.

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