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Polícia

Justiça libera jovem que bebeu e debochou de acidente na Serra

Mulher de 25 anos teria saído de bar embriagada, segundo a polícia, e bateu carro em muros de duas casas


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Imagem ilustrativa da imagem Justiça libera jovem que bebeu e debochou de acidente na Serra
Mulher de 25 anos que bateu com carro “lamentou” não ter matado ninguém após causar acidente |  Foto: Fábio Nunes / AT

A Justiça determinou a liberdade provisória para uma mulher de 25 anos que bateu com carro no muro de duas casas na avenida Central de Jardim Tropical, na Serra. 

Segundo a polícia, ela estava embriagada e dirigia sem autorização. O caso aconteceu por volta das 20 horas da última quarta-feira e a mulher foi presa em flagrante.

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Além de uma fiança de R$ 2 mil, a juíza determinou na audiência de custódia, ontem, que a mulher não pode sair da Grande Vitória sem autorização e está proibida de frequentar bares e boates.  

Aos policiais, a jovem contou que havia ingerido bebida alcoólica e misturado remédios. Ela se negou a fazer o teste do bafômetro, mas devido às características de embriaguez apresentadas foi possível fazer o exame de constatação da capacidade psicomotora, que atestou que ela estava bêbada. 

Como ficou ferida, a acusada foi levada para o hospital e, assim que recebeu alta, foi encaminhada para a Delegacia Regional da Serra, onde foi autuada por embriaguez ao volante. 

Na manhã de ontem, ao passar pelo Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, a acusada conversou com a reportagem de A Tribuna e “lamentou”  que não conseguiu atingir ninguém com a batida. “Pena que não morreu ninguém, né?”, disse a suspeita.

Em Jardim Tropical, os moradores ainda contabilizavam os prejuízos e comentaram sobre o susto de  terem os muros das casas e portões atingidos.

Uma das moradoras, Elizabeth Alexandre da Fonseca, contou que estava na igreja, quando foi avisada da batida na entrada da casa onde  mora. 

Outra moradora foi Ruth Miranda de Souza, que estava em casa quando o veículo atingiu o muro. “Eu tomei um susto. Comecei a tremer e quase desmaiei. Depois comecei a pedir socorro, com medo de pegar fogo nos fios e na minha casa”.

Segundo testemunhas, a mulher estava bebendo em um bar próximo ao local, quando teria saído com andar cambaleante e entrado no carro. O veículo seria de uma amiga que estava com ela.

Imagens de uma câmera ainda mostram que o veículo se movimenta em zigue-zague pela avenida até bater nas casas. Outros veículos também teriam sido atingidos no curto trajeto.

Veja a reportagem da TV Tribuna/SBT sobre este acidente

Quatro mil se negam a fazer teste

De acordo com dados divulgados pelo Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, até junho deste ano, a região metropolitana registrou um total de 4.013 recusas de motoristas em realizar o teste de bafômetro. Os números representam que o índice real de embriaguez ao volante pode ser muito maior do que os 34 casos de detenção por embriaguez reportados no mesmo período.

Em  entrevista, o capitão Anthony Costa, do Batalhão da Polícia de Trânsito (BPTran), alertou sobre os riscos associados à condução de veículos sob efeito de álcool. Segundo o capitão, aproximadamente 70% dos acidentes fatais  estão relacionados ao consumo de álcool pelos condutores. 

“A atuação do (BPTran) em operações específicas da Lei Seca visa retirar das ruas aqueles que insistem em beber e dirigir, visando reduzir essas estatísticas preocupantes”, comentou Anthony.

Leia Mais: "Pena que não morreu ninguém, né?", ironiza presa ao bater em casas na Serra

Durante as operações de fiscalização de trânsito, o Batalhão da Polícia de Trânsito oferece o teste do bafômetro para os condutores. Porém, o número de recusas tem sido crescente, chegando a mais de 100 recusas em uma única noite durante algumas operações.

“Os motoristas que se recusam a realizar o teste têm o direito de não produzir prova contra si mesmos, mas, de acordo com a legislação, essa recusa também é considerada uma infração gravíssima. A capacidade psicomotora também pode ser constatada  por meio de sinais apresentados pelo condutor”, disse Anthony.

Ainda segundo o capitão, as consequências administrativas para aqueles que se recusam a fazer o teste de alcoolemia incluem a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por um ano, multa de quase três mil reais, a necessidade de realizar um curso de reciclagem e apresentar um condutor habilitado para retirar o veículo do local. 

Além disso, se o condutor for flagrado com capacidade psicomotora alterada por ingestão de álcool (a partir de 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões), ele será conduzido à delegacia e poderá ser enquadrado no crime de conduzir sob influência de álcool ou outras substâncias que causem dependência.

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