Justiça bloqueia R$ 3 milhões em contas de facções do ES e de mais 12 estados
No Espírito Santo, nove pessoas foram presas durante a operação
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A Justiça determinou o bloqueio de R$ 3 milhões em contas usadas pelas facções criminosos que foram alvo da Operação Sintonia, deflagrada pelo Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado (GNCOC), dos Ministérios Públicos Estaduais do Espírito Santo e de outros 12 estados do País, nesta quarta-feira (10). No Estado, sete pessoas foram presas acusadas de integrarem facções criminosas, além de uma oitava pessoa que foi presa em São Paulo e também atuava em território capixaba.
Além dos oito presos por acusação de envolvimento com as organizações criminosas, um homem, que não era alvo da operação, foi preso, em Anchieta, no Sul do Estado, por conta de uma mandado de prisão em aberto por uma tentativa de homicídio, totalizando nove prisões.
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O MP informou ainda que as prisões foram determinadas pela 6ª Vara Criminal de Vitória. No total, foram deferidos 23 mandados de prisão e oito deles foram cumpridos.
De acordo com o balanço divulgado pelo grupo, foram presas 156 pessoas em todo o País. Deste total, 37 foram detidos em flagrante por crimes como tráfico de drogas e porte de armas.
Foram apreendidas 12 armas de fogo, 163 munições, mais de 10 quilos de drogas (maconha, crack, LSD e outras drogas sintéticas), 11 veículos, além de mais de R$ 125 mil em dinheiro vivo.
Também foram apreendidos dezenas de telefones e documentos com anotações sobre a organização e estrutura das facções, que serão utilizadas em prosseguimento e também em novas investigações.
Para cumprir os mandados, o GNCOC contou com o apoio da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo (PMES), Secretaria de Estado da Justiça (Sejus-ES), Gaeco-SP, Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP) e Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (PCES).
Combate ao crime organizado
A operação Sintonia ocorre de forma simultânea em 13 Estados, com a participação de 43 promotores de Justiça e 40 servidores dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) dos Ministérios Públicos dos Estados do Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Pará, Paraná, São Paulo, Sergipe e Tocantins, e com o apoio de mais de mil policiais militares, civis, penais e rodoviários federais, para o cumprimento de 228 mandados de prisão e 223 mandados de busca e apreensão.
O objetivo principal da ação integrada é desarticular organizações criminosas violentas que atuam nas ruas e nos sistemas prisionais, efetivar prisões de seus integrantes e coletar provas das práticas delituosas detectadas em investigações realizadas no âmbito do Ministério Público.
O GNCOC é um grupo formado por membros do Ministério Público dos Estados e da União, criado em 2002 pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG).
O MP explicou que o colegiado surgiu como uma resposta ao assassinato do promotor de Justiça de Minas Gerais Francisco José Lins do Rêgo Santos, vítima da ação armada de uma organização criminosa, que atuava no ramo de adulteração de combustíveis.
"O GNCOC tem como objetivo primordial o combate às organizações criminosas e se caracteriza pela cooperação entre seus membros e a articulação com diversas instituições parceiras no enfrentamento ao crime organizado", diz o comunicado.
Atualmente, o grupo é presidido pelo procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Mario Sarrubbo, que mantém grupos de trabalho permanentes integrados por todos os Gaecos dos Estados e do Ministério Público Federal.
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