Homem que matou jovens dentro de carro na Serra alugou arma por R$ 100
Vítimas foram assassinadas no dia 9 de janeiro
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O homem apontado como autor da morte de Gabriel Miranda Rocha e Paulo Henrique Nascimento Miranda, na madrugada do dia 9 de janeiro, no bairro de Fátima, na Serra, alugou a arma utilizada no crime por R$ 100. A informação foi divulgada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (28), em coletiva de imprensa.
Jean Carlos dos Santos Jesus, de 38 anos, responsável pela execução das vítimas, estava foragido do sistema prisional desde 2021 - quando recebeu o benefício da "saidinha". Em sua ficha criminal, Jean já possuía três condenações criminais por roubo e duas condenações por homicídio.
A namorada de Jean, Erika Lorena Guilherme Mendes, de 21 anos, que também está envolvida no duplo homicídio, não possuía passagens pela polícia. No entanto, a investigação apontou que ela concordou com o crime e ajudou o namorado a planejar a ação - que inicialmente seria apenas um roubo.
Ainda de acordo com as investigações, a arma utilizada para matar as vítimas foi alugada pelo traficante André Sthive dos Santos Rodrigues, conhecido também como Dedé Tiroteio. Segundo a polícia, André possui duas condenações por porte ilegal de arma de fogo e respondia em liberdade por roubo e por um homicídio. No momento, ele está foragido.
Um áudio trocado entre Jean e André, que foi recuperado pela polícia durante as investigações, mostra que André já possuía o hábito de alugar armas de fogo. No dia do crime, Jean alugou um pente de munição e a arma por R$ 100.
Jean e Erika foram presos no dia 23 de abril deste ano e, durante os depoimentos, confessaram o crime com detalhes. Ambos foram indiciados duas vezes por latrocínio e tiveram a prisão preventiva decretada.
André, que está foragido, foi indiciado pelo comércio ilegal de arma de fogo e segue sendo procurado pela polícia.
Dia do crime
De acordo com as investigações, Gabriel Miranda Rocha, de 24 anos, e Paulo Henrique Nascimento Miranda, de 29 anos, que foram assassinados, eram primos. No dia do crime, eles pararam em um bar em Cidade Continental, na Serra. Lá, conheceram Jean e Erika.
Juntos, os quatro beberam e jogaram sinuca. Até que Paulo Henrique se apresentou falsamente como Policial Penal e mostrou a foto de uma arma no celular, dizendo que era dele. A investigação apontou que este era um comportamento comum da vítima. No entanto, foi nesse momento que Jean começou a planejar o assalto - que terminou com a morte dos primos.
Por volta de 1h da manhã, Paulo Henrique ofereceu carona para Jean e Erika, que haviam convidado as vítimas para que todos continuassem bebendo e usando drogas na residência do casal, em Bairro de Fátima. Chegando lá, Jean pediu para que Paulo Henrique parasse o veículo em uma rua deserta e sem câmeras de segurança - afirmando que morava no local.
Foi neste momento que Jean anunciou o assalto, pedindo a arma mencionada e também o veículo em que estavam. No entanto, a ação ficou fora do controle quando Gabriel, que estava no banco do passageiro, se assustou e tentou reagir saindo do carro.
Para evitar que ele fugisse, Jean agarrou a gola de Gabriel e deu um tiro na nuca dele. Na sequência, apertou o gatilho novamente, mas desta vez contra a nuca de Paulo Henrique, que estava no banco do motorista.
Em seu depoimento, Jean afirmou que o objetivo era apenas roubar o carro e a arma mencionada pela vítima. No entanto, o assalto teria saído do controle e ele teria sentido a necessidade de executar as vítimas.
Jean contou também que não levou nenhum objeto das vítimas porque não tinha como roubar o carro com os dois corpos dentro. Além disso, ele percebeu também que a arma mencionada não existia.
Após o crime, o casal foi andando para casa. O trajeto percorrido foi flagrado por câmeras de segurança, que ajudaram a polícia a concluir o caso.
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