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Polícia

Golpistas levam mais de R$ 10 milhões de militares da reserva

Seis integrantes da quadrilha foram presos ao roubar idosos que achavam que tinham dinheiro para receber de assistência privada


Em menos de dois anos, uma quadrilha com sede no Espírito Santo roubou mais de R$ 10 milhões de idosos da reserva militar, aplicando o golpe da “Capemi”. As vítimas achavam que tinham valores para receber de uma assistência privada e mandavam  dinheiro para os criminosos. 

Seis integrantes, incluindo o chefão e uma advogada, foram presos na quarta-feira, em Vila Velha e na Serra.

O grupo foi descoberto em Alagoas, quando um casal de idosos denunciou um golpe de R$ 1,3 milhão. 

“O valor nos chamou a atenção e resolvemos investigar. O grupo tem um banco de dados de mais de 33 mil idosos, militares da reserva. Eles ligam, dizendo ser da Capemi (uma espécie de previdência privada das Forças Armadas, que faliu), e falam que a vítima tem um valor para receber”, disse o delegado José Carlos dos Santos, coordenador da Divisão Especial de Combate à Corrupção de Alagoas. 

 

Imagem ilustrativa da imagem Golpistas levam mais de R$ 10 milhões de militares da reserva
Delegados do Espírito Santo e de Alagoas atuam para desmantelar a quadrilha que vem dando golpe em todo o País |  Foto: Júlia Afonso

Muitas vezes, os valores prometidos às vítimas eram milionários. A partir daí, eles diziam que os idosos precisavam pagar taxas antes de ganhar o dinheiro. 

“A vítima pagava e depois outras pessoas começavam a entrar em contato, dizendo que eram da Receita Federal, ou de algum banco. Quando a vítima achava que ia receber o dinheiro, surgia uma nova pendência”, disse o delegado.

Os idosos iam depositando o dinheiro para os golpistas e, quando se davam conta, já era tarde demais. As investigações apontam que o grupo fazia vítimas em todo o País. Algumas perderam R$ 100 mil, e outras mais, como o casal de Alagoas. 

Ao longo de um ano e oito meses, a polícia conseguiu detectar a movimentação de mais de R$ 10 milhões, somente nas contas de quatro integrantes da organização. “Acreditamos que esses valores envolvem não apenas recursos das vítimas de Alagoas, mas de todo o País”, destacou o delegado.

Duas prisões aconteceram em Vila Velha, onde a advogada participante da quadrilha morava, e quatro na Serra, município em que o chefão do grupo vivia. Com a divulgação do caso, a polícia acredita que mais vítimas apareçam.

Criminosos levavam vida de luxo

Casas de luxo, apartamentos em frente à praia, joias, relógios e veículos eram parte do patrimônio que o grupo criminoso ostentava, tudo bancado com dinheiro das vítimas do golpe da Capemi. 

O imóvel do chefe da quadrilha, na Serra, estava todo reformado, contava com piscina, área gourmet e churrasqueira. 

“Era uma casa de luxo, sobrado de primeiro andar com piscina, casa toda reformada, móveis novos. Como ele tinha casado, havia muita bebida de valores caros, uísque, champanhe”, detalhou o delegado Lucimério Barros Campos, da Divisão Especial de Combate à Corrupção de Alagoas. 

Na garagem, havia uma caminhonete e uma moto recém-comprada, de presente para a mulher dele, com quem tinha se casado dois dias antes. “Achamos contrato dele adquirindo gado, imóveis. Ou seja, ele estava diluindo esse dinheiro”, ressaltou. 

De acordo com o delegado, os bens da quadrilha foram bloqueados pela Justiça. “Há uma disponibilidade de todo o patrimônio desse grupo poder ressarcir essas vítimas, desde que elas procurem as delegacias. O grupo era muito organizado e tinha um patrimônio grande”, revelou. 

O delegado  José Carlos dos Santos, de Alagoas, deixou um recado: “Importante que seja esclarecido que, como existem centenas de vítimas espalhadas pelo Brasil, que as vítimas procurem as delegacias da Polícia Civil, tendo em vista que aqui vão ficar várias provas contra esse grupo criminoso”.

Casos passam de 25 mil no Estado

Inovando nas estratégias ou mantendo as velhas táticas, golpistas têm dado o “bote” em suas vítimas. No Estado, somente este ano, foram registradas mais de 25 mil ocorrências referente a estelionato e a fraudes.

Nesse universo, delegados apontaram os 10 golpes mais praticados, além de darem dicas de como as pessoas devem agir para não cair em armadilhas dos vigaristas.

Entre os exemplos citados pelo titular da Delegacia Especializada de Crimes Cibernéticos, delegado Brenno Andrade, está o golpe do Instagram hackeado. 

“Em um dos casos, o Instagram de um médico foi  hackeado e o golpista, se passando pelo médico, começou a ofertar um procedimento cirúrgico pela metade do preço. As pessoas transferiam dinheiro para o golpista”.

No comando da Delegacia de Defraudações e Falsificações, o delegado Douglas Vieira, citou outros exemplos, como o golpe do falso motoboy, cartão clonado e outros.  

Ele fez uma cartilha com os golpes mais comuns. O documento será enviado à Secretaria de Estado da Segurança Pública para ser publicado no site da Polícia Civil.


SAIBA MAIS


O golpe

Os criminosos procuravam militares da reserva, se passando pela Capemi, uma espécie de previdência privada, que faliu. 

Eles diziam que os militares tinham direito a receber um dinheiro, por terem contribuído no passado, mas, para isso, teriam que pagar uma série de taxas.

As vítimas depositavam o dinheiro em contas de laranjas, e só depois percebiam que era um  golpe.

Investigação

A polícia começou a investigar a quadrilha depois que um casal de idosos de Alagoas procurou a delegacia para denunciar que tinha perdido R$ 1,3 milhão no golpe.

A partir daí, a polícia descobriu que a sede do grupo criminoso ficava no Espírito Santo, mas eles faziam vítimas em todo o País. 

Só no período de um ano e oito meses, quatro integrantes do grupo movimentaram mais de R$ 10 milhões em suas contas. 

Os bandidos viviam uma vida confortável, com casas e apartamentos de luxo, joias e veículos. 

Prisões

As prisões aconteceram na quarta-feira. O chefão do grupo morava em uma casa na Serra, enquanto uma advogada da quadrilha vivia em Vila Velha. 

Fonte: Polícia Civil.

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