X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Polícia

Ginecologista é indiciado sob suspeita de estuprar pacientes

Abuso sexual teria ocorrido em uma unidade de saúde


Um médico suspeito de abusar sexualmente de pacientes em uma unidade básica de saúde na cidade cearense de Hidrolândia, a 250 km de Fortaleza, foi indiciado por estupro após a Polícia Civil finalizar o inquérito e enviar o caso à Justiça.

O ginecologista Ricardo Teles Martins, 45, está preso preventivamente desde o dia 7 de julho.

Em nota, Jorge Mota, advogado do médico, disse que o processo tramita em segredo de justiça e que, "por dever de ética, eu só posso me manifestar nos autos".

"Mas acreditamos na sua inocência e estamos trabalhando para provar a sua inocência e o faremos respeitando o sigilo que me obriga a manifestar-se em juízo", encerra o comunicado.

A prisão ocorreu no dia 7 deste mês, no bairro José Bonifácio, em Fortaleza. Segundo a polícia, no depoimento que prestou em 6 de maio, logo após as acusações serem feitas, Martins negou ter cometido qualquer abuso nas consultas.

A técnica de edificações Carla Carvalho de Sousa, 18, foi a primeira a acusar o médico, em 3 de maio. Em uma postagem em rede social, ela contou ter ido à UBS Cosma Maurício da Silva, no distrito de Conceição em Hidrolândia, porque estava com dores nos seios por causa de uma mastite, que é a inflamação nas glândulas mamárias –Sousa tinha dado à luz sua filha dois meses antes.

"Quando entrei no consultório médico, dei de cara com o doutor que fez meu parto, me senti até mais segura por estar com um profissional que já havia conhecido e me consultado. O mesmo disse que teria que espremer o meu seio para que saísse tudo que estava na parte pedrada", contou.

Na sequência, segundo a mulher, ele começou a se encostar e chegar mais próximo. Ele tentou me agarrar, me beijar e fazer perguntas eróticas e fora do comum, como "você já teve relação sexual depois que teve sua filha?", "qual o gosto do seu leite, posso chupar seus seios?", relatou ela, que, ao sair da consulta, disse ter ouvido do médico que não era "para deixá-lo daquela forma [excitado]".

Após a divulgação do relato, outras 17 mulheres entraram em contato com ela para contar que sofreram abusos semelhantes do mesmo médico. No dia 4 de maio, Sousa e outras duas, a bombeira Franciele Martins, 24, e Maria Liduína Nunes, foram até a delegacia de Santa Quitéria, cidade próxima a Hidrolândia, e registraram os boletins de ocorrência.

"Tive muito medo de denunciar, dos julgamentos, até porque é a palavra de um médico contra a minha", disse Sousa à reportagem. Ela contou que amigos próximos, sua mãe e até funcionários da UBS a incentivaram a tornar público o assunto e que uma amiga contou que ele havia sido preso. "Sensação de alívio e de que a justiça foi feita", disse.

Ela estuda ciências contábeis em uma faculdade em Ipueiras, cidade vizinha a Hidrolândia, e disse estar com dificuldade para se comunicar após o abuso. "Não estou querendo ficar sozinha, tenho me comunicado pouco", disse.

Durante as investigações, outras três mulheres procuraram a polícia para denunciar Martins. O inquérito aponta que ele aproveitava momentos de exames e consultas para tocar nas partes íntimas das vítimas, encostava as suas partes íntimas nas mulheres e fazia perguntas com teor sexual.

A Prefeitura de Hidrolândia afastou o médico no dia seguinte à da denúncia feita por Carla Carvalho de Sousa –além da UBS Cosma Maurício da Silva, ele atuava no Hospital Municipal da cidade e em uma clínica particular. Em nota, a prefeitura diz que "repudia qualquer ato de assédio ou importunação sexual".

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: