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Polícia

“Foi acidente”, diz pai de acusado de matar cigana

Hyara Flor Santos, de 14 anos, foi assassinada com um tiro no pescoço no último dia 6 e o marido dela, de 14 anos, foi detido no ES


Imagem ilustrativa da imagem “Foi acidente”, diz pai de acusado de matar cigana
Rapaz de 14 anos, marido de Hyara Flor Santos, de 14 anos, foi detido na última quarta-feira, em Vila Velha |  Foto: Acervo de Família

“Ela manobrou a arma, chegou em cima do meu filho de 14 anos e colocou nele brincando, mas na hora que ela entregou na mão do meu filho mais novo, ele, sem noção, por ter 9 anos, na brincadeira, efetuou o disparo. Foi um acidente”, disse o comerciante de 36 anos, pai do acusado de ter matado Hyara Flor Santos, de 14 anos.

A adolescente foi morta com um tiro no pescoço na noite de 6 de julho, em Guaratinga, a cerca de 702 quilômetros de Salvador, Bahia. Ela chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

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O principal suspeito do crime é o marido da vítima, um adolescente de 14 anos que integra a cultura cigana na mesma comunidade de Hyara. Ele foi preso na última quarta-feira (26) em Vila Velha, pela Polícia Federal.

Na tarde de ontem, o pai do acusado disse, em entrevista, que veio para o Estado por ter familiares aqui e que, após o crime, fugiu por estar sendo ameaçado e perseguido pela família da vítima.

No dia do crime, após terem  socorrido a vítima, os acompanhantes da jovem disseram no hospital que o tiro foi acidental, mas funcionários do local viram indícios de crime e chamaram a Polícia Militar.

A família de Hyara acredita que um caso extraconjugal entre o tio paterno de Hyara e a sogra da garota tenha motivado uma possível vingança que culminou no assassinato. O homem admitiu que vivia um romance com a sogra da vítima havia seis anos. A declaração foi veiculada pelo jornal O Globo.

Os encontros escondidos ocorriam na cidade de Eunápolis, na Bahia, onde a parceira dizia encomendar roupas a uma costureira. Ao descobrir a traição, o sogro de Hyara Flor teria pedido para que o filho atirasse na própria esposa por vingança, pelo fato de ser sobrinha do suposto amante.

Em entrevista ao jornal A Tribuna, o comerciante contou que antes do crime não tinha conhecimento do caso extraconjugal que a esposa tinha e nega que teria encomendado o crime por vingança.

“Nós fugimos por segurança, atiraram na minha casa. Eu acredito na inocência do meu filho, mas acreditamos no trabalho da polícia e vou aceitar a decisão da Justiça. Nós temos de acreditar que ela dará a resposta cabível”, completou o comerciante, pai do adolescente acusado.

Casamento é comum entre adolescentes

O pai do jovem acusado da morte de Hyara Flor, um comerciante de 36 anos, contou um aspecto cultural relevante na comunidade cigana: o casamento entre adolescentes. Segundo ele, é uma tradição antiga que tem como data mínima para o matrimônio os 14 anos. 

O casamento em questão envolvia dois jovens de 14 anos, e o pai do acusado mencionou que eles eram próximos desde a infância, convivendo em um ambiente familiar harmonioso. 

Ele relatou que a união foi comemorada por todos os envolvidos, e acreditava-se que seria uma união feliz e duradoura. Além disso, também faz parte da tradição o relacionamento entre parentes, e vítima e acusados eram primos.

“Somos uma família, nós nos  gostávamos, os meninos também se gostavam.  Deus abençoou por um lado que teve esse casamento, ficaram juntos por dois meses, mas depois houve essa fatalidade. Eu mesmo me casei aos 13 anos de idade, é muito comum na nossa comunidade”, contou. 

Outra tradição, segundo o relato do comerciante, é ciganos terem armas em casa e manusearem naturalmente.

Internação provisória por 45 dias 

A apreensão do adolescente suspeito de matar sua companheira, uma menina de 14 anos, em uma comunidade cigana na Bahia, ocorreu após troca de informações da Força-Tarefa de Segurança Pública do Espírito Santo com a Delegacia da Polícia Civil de Itabela. 

O superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, delegado Eugênio Ricas, destacou a ação. “Mais um importante trabalho da Força-Tarefa de Segurança Pública”, escreveu nas redes sociais.

O mandado de busca e apreensão foi expedido pela 1ª Vara Criminal de Guaratinga sob a alegação de que o menor praticou ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado (feminicídio), sendo decretada a sua internação provisória por 45 dias. O menor  foi encaminhado para a Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei. 

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